sábado, 6 de outubro de 2012

Homem constrói barco para atravessar oceano


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A aventura que quase virou tragédia

         Apesar de não dizer respeito ao Indomável diretamente, esta história justifica minha ausência no ano que passou...
Tudo começou quando resolvemos comprar um veleirinho com o qual pudéssemos participar das poucas regatas promovidas pelo pessoal aqui do Paraná, o que nos propiciaria algumas pausas na construção, ao mesmo tempo em que eu aprimoraria meus conhecimentos de navegação e a Almiranta aumentaria sua intimidade com o Mar, preparando-nos assim para quando o Indomável for para a água.
Nossa busca culminou na compra do Equetos, um Brasília 25, cujo traslado desde Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, rendeu-me a maior aventura que eu jamais imaginara viver...
Este fato, que aconteceu há um ano, marca o fim da história do Equetos e a origem do Avatar. Não publicarei este relato no próprio site do Avatar em sinal de respeito ao meu amigão, que soube perdoar minha inexperiência de navegante. Enfrentando sozinho a encrenca em que o meti, envolveu-me em seu abraço seguro e me entregou são e salvo à terra firme; devo minha sobrevivência a esse valente barquinho, e disso jamais me olvidarei.
A aventura que quase virou tragédia
No dia 08/01/2011 fiz minha estréia como velejador solitário, fazendo o traslado de nosso, à época, recém adquirido veleiro desde Ubatuba-SP até Antonina-PR.
A título de esclarecimento, e para que se entenda certos acontecimentos que virão, cabe aqui registrar alguns detalhes do barco e da viagem programada.
Barco: Veleiro Brasília 25, Deslocamento de 2T, equipado com motor de popa 4tempos de 7,5HP e com motor reserva de 2 tempos 4HP, utilizado também no bote de apoio. Possui 3 baterias de 60AH, mas como não tem carregador, irá viajar sem piloto automático, para poupar energia. Homologado pela marinha para Mar Aberto, navegação costeira, tem salvatagem completa classe II.
O plano original era Ir até Santos em solitário, onde deixaria o barco hospedado por alguns dias até formar tripulação para a segunda parte da viagem, um pouco mais complexa; ao longo do trajeto, no entanto, influenciado pelo bom tempo, pelo desempenho do barco e pelo espírito de aventura que de mim se apossou, mudei de idéia e resolvi completar todo o percurso em solitário. O apoio em terra ficaria por conta de minha mulher, Lenir, encarregada de me ligar sistematicamente de manhã e à tarde, monitorando minha posição para o caso de uma emergência e me passando informações importantes, como a previsão do tempo.
Vou pular a parte boa da viagem, desde a partida do Saco da Ribeira em Ubatuba (Onde tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o Fábio, que até então só conhecia virtualmente, através dos grupos náuticos da internet, ver parte do belo trabalho que ele realiza por lá, e ainda dar uma velejada com direito a uma aula gratuita de trimagem de balão. Impressionante como a internet pode enganar; quem só o conhece aqui pela net, jamais irá supor o grande cara, super anfitrião que ele é. Valeu, Fabião!!); e daí passando pela Ilha do Mar Virado, Ilha Bela, Toque-Toque, Montão de Trigo, Ilha da Moela, até a atracação no Iate Clube de Santos, de cujas belas instalações fiz muito bom uso, e onde fui muito bem recebido.
Dias ensolarados, chuva no final da tarde, pôr-do-sol cinematográfico, noites tranqüilas de sono, dormindo ancorado, embalado pelo balanço do mar, muitos peixes pelo caminho, água com infinitas nuances e tons entre o verde e o azul, etc... (outro dia eu conto).
Vou direto à parte que considero importante compartilhar agora, na esperança de que o exemplo sirva de alguma forma para evitar que aqueles que venham a ler este relato passem pelo mesmo sufoco. Críticas à parte, e elas sempre vêm, as lições principais já na ocasião as tomei sozinho.

Dia 10/01, o dia que jamais sairá da minha memória.
Levantei-me às 6:30h como de costume, fiz meu café e saí para a rua para me abastecer de gasolina, água e gelo...Fui para a rua para não ter que esperar o horário do clube, onde tudo começa a funcionar somente às 8:00h.
Tudo pronto, procurei pela previsão do tempo na portaria, onde fui instruído a buscar a informação na sala de radio, mas também só após as 8:00h... Resolvi então zarpar para ganhar tempo e pegar essa informação via rádio enquanto ainda estivesse no canal do porto. Manobrei, tomei o canal, fiz contato pelo rádio e pedi a previsão do tempo e ventos para o dia; o operador pediu para aguardar um momento e não tive mais contato... Silencio. Achei que ele simplesmente tinha me ignorado (posteriormente descobri que o rádio tinha dado mau contato). Olhei em volta, via nuvens de chuva lá no planalto... No mar, céu de brigadeiro. Decidi partir assim mesmo; na noite anterior, por telefone, minha mulher já me havia informado que a previsão era de chuva no final da tarde (Como em todos os dias anteriores foi exatamente isso o que ocorreu, não me preocupei, até porque minha previsão era estar no Guaraú até as 18:00h).
Às 9:00h estava saindo do canal de Santos, rumo verdadeiro 235 (Com a declinação e o desvio, dava 258 na agulha), direto para o Guaraú... 12:00h, través de Mongaguá... Já acostumado com a rotina amena, parecia ter 6 mãos... Como o vento era sempre de sul, quase zero, ia o tempo todo no motor; amarrava o leme e descia para a cabine, preparava suco, fotografava e pilotava, tudo ao mesmo tempo.
Às 15:00h peguei chuva no través de Itanhaém... Aí começou a aventura. O vento cresceu e o mar encrespou; ao cavalgar as ondas o motor afogava a cada enterrada, até que em dado momento parou (imagino que deve ter entrado água na tomada de ar). Fiquei só com as velas. Como a velejada estava intensa, não podia me dedicar a tentar funcionar novamente o motor...
Vento sul constante, rumo sudoeste, isso dava uma orça cerrada paralela à costa, com um pequeno abatimento; no bordo oposto o rendimento era muito negativo, o que me fez insistir no bordo paralelo à costa, me aproximando assim da orla (perigosamente, como pude perceber depois). Perto das 17:00h percebi que rumava diretamente para a barra do rio Itanhaém; tentei cambar mas o barco não obedeceu... Insisti de novo, arribei um pouco, enchi as velas para ganhar potência e tentei novamente cambar; o barco negou outra vez. Aí me apavorei, estava indo diretamente para a arrebentação (depois descobri com o pessoal do Iate Clube de Itanhaém que ali existe uma contra-corrente que arrasta as embarcações que se aproximam além de um determinado ponto, diretamente para a barra). Como o vento ainda era forte, quase sem tempo hábil, tentei uma manobra arriscada (até porque não tinha outra alternativa); rapidamente enrolei a genoa e arribei aproando para a praia, perigosamente próxima, e dei um jaibe... Aos poucos o barco foi virando, inverteu o rumo, e a vela grande inflou... Que alívio! Abri a genoa que deu potência ao barco e aproei para a Laje da Conceição. Dei as costas para a terra e jurei continuar assim enquanto pudesse. Minhas pernas tremiam e meu coração quase saia pela boca.
Às 18:00h, com 3 horas de atraso consegui finalmente passar o través de Itanhaém, vento forte de través, roupa encharcada, frio, mas ganhando altura e avançando bastante ainda acreditava que chegaria no Guaraú ao anoitecer, mas já sabia que teria que atravessar o mau tempo que se aproximava vindo do continente. Falei deste temor à Lenir, quando ela me ligou. Estava preparado psicologicamente... Fisicamente era o que eu iria ver. Enrolei a genoa e fiquei com a grande rizada. Não pude colocar a roupa de tempo porque não conseguia largar o leme. O tempo fechou...
O temporal me pegou por volta das 18:30h. Posicionado para receber o vento por bombordo, fui surpreendido por uma onda enorme vindo ao contrário, do continente para o mar aberto, alcançou o barco junto com o vento que inverteu a posição da vela com a força de um jaibe involuntário; pulei para o outro lado do cockpit para escorar o barco, mas o vento rondou imediatamente para o lado oposto... Voltei à posição original e comecei a tentar dominar a situação... No contravento direto a vela panejava violentamente; à medida que eu arribava, a vela enchia e o barco adernava a mais de 45 graus... Então eu orçava novamente até voltar a panejar... Foi assim até eu conseguir firmar um rumo entre os dois extremos, mas era uma faixa mínima, quase no fio da navalha.
Quando consegui dominar o barco, em orça bem fechada, recebendo o vento por bombordo, as ondas também pegavam o barco pela bochecha de bombordo, o que tornava a velejada relativamente confortável; o casco subia e descia as ondas sem trancos, cortava uma ou outra mais diretamente de proa sem jogar muita água em cima de mim... Ainda tive um pouco de medo (na verdade muito medo), por conta dos raios que passavam acima da minha cabeça, e também ao lado, por todos os lados... A própria visão do inferno; nesse momento lembro de ter raciocinado: “Se um desses me pegar, nem vou saber o que aconteceu...”; então relaxei e o medo passou; era só eu fazer o meu trabalho e deixar a natureza fazer o dela; se fosse mesmo minha hora, haveria pouco que eu pudesse fazer a respeito. Olhei em volta e meu campo de visibilidade abrangia um circulo de aproximadamente uns 50 metros de raio, parecia cercado de um paredão cinzento, e apesar da relativa estabilidade conseguida, não tinha a menor idéia de para onde estava indo; a adrenalina fluia a mil. Foi aí que tive a brilhante idéia de olhar para a bússola...
No inicio não entendi... Eu mantinha uma mareação constante, recebia o vento e as ondas sempre num mesmo ângulo, só movia o leme o suficiente para subir e descer as ondas sem sair da minha pequena faixa entre panejar a vela e adernar o barco e, no entanto, a bússola estava girando, como se estivesse louca... Demorou uns segundos até eu perceber que estava velejando um ciclone. Estranhamente eu não me apavorei, pensei comigo mesmo: “Quando meu rumo passar na minha frente eu pego o desvio”; não foi assim tão fácil, ainda dei duas voltas de 360 graus antes de conseguir criar coragem, mas então, quando a bússola marcou 258 eu puxei o leme e saí... Daí ela voltou 260, 270... Forcei novamente... 260 e ficou... Estava velejando em linha reta novamente. Nisso percebi os raios ficando cada vez mais distantes e enfim o alívio; consegui sair do redemoinho.
Não sei quanto tempo durou o pesadelo, mas agora eu estava velejando um vento sul forte, genoa aberta, barco a toda velocidade rumo direto a Ilha do Guaraú, onde teria abrigo... Eu tiritava de frio, tinha verdadeiros espasmos, encharcado, congelando, e minha roupa de tempo sequinha, na embalagem dentro da cabine... Não podia largar o leme amarrado, pois naquelas condições de mar uma atravessada seria catastrófica. Estava entrando no segundo estágio da hipotermia, o que começou a afetar diretamente minhas decisões; lembro-me de ter ficado eufórico, me sentia o verdadeiro homem do mar, batizado pelo meu primeiro temporal em solitário (não tinha a menor idéia do que me aguardava)... No entanto já passava das 20:00h e eu estava apavorado com a idéia de anoitecer no mar, fundear no escuro em um lugar que eu não conhecia; amarrei uma lanterna no pulso e mantive o rumo direto com Guaraú na proa a 6 ou 7 milhas (meu erro quase fatal), mesmo vendo o paredão negro que se aproximava, este agora vindo do sul pelo oceano...
De repente parou tudo... Fiquei um tempo boiando, e comecei a me preparar para a pancada; enrolei a genoa, joguei tudo que estava solto para dentro do paiol de amarras e esperei... O temporal caiu sobre mim como uma saraivada, infinitamente mais forte do que o primeiro... Na hora temi por granizos (nem sei se isso acontece no mar, mas na hora me passou pela cabeça). Não demorou pra eu perceber que não dominaria o barco como na vez anterior, a grande apenas rizada ainda era pano demais, então corri a soltar a adriça, mas a vela só desceu até o meio... O vento fazia muita pressão inflando a vela e não deixando que ela descesse mais... Comecei a antever uma tragédia, imaginava o barco se partindo ao meio e afundando como um prego, e eu engatado a ele pelo cinto de segurança. A muito custo consegui amarrar o leme, não conseguia coordenar os movimentos, pois o barco pulava como um touro bravo; ondas vinham de todos os lados, minha mão esquerda agarrada a um cabo como uma tenaz me impedia de ser arremessado, enquanto a direita penosamente tentava dar nós na gambiarra que fiz em torno do leme, agravada ainda pela lanterna amarrada ao pulso, que só atrapalhava... Ainda tentei olhar o rumo, mas não enxergava nada, breu total, e ao tentar iluminar a bússola com a lanterna, só via o reflexo do facho e respingos... Mais uma vez não tinha a menor idéia de para onde ia. Amarrei o leme, joguei uma ancora pela popa (a essa altura não iria à proa nem por decreto), entrei na cabine e me fechei lá.
Tirei o cinto de segurança, despi toda a roupa molhada, me enxuguei e vesti roupas secas, coloquei um colete salva-vidas e comecei a me preparar para o pior; o barco jogava para todos os lados, tudo voava, o painel de instrumentos já tinha sido arrancado do lugar, era o caos... O interior da cabine parecia um cenário de demolição, lá fora eu ouvia o vento literalmente rugir (parecia com o som de motores de lanchas passando rente ao veleiro). Comecei a dar sinais de enjôo, então deitei na cama de proa para me recuperar...
Nesta hora eu, exausto da luta com o primeiro temporal, já estava completamente fora da razão, pois ali deitado, me segurando com as duas mãos para não ser jogado para os lados, enquanto tudo voava dentro do barco destruindo as poucas coisas que ainda estavam no lugar, e lá fora o mundo desabava, eu ali, devidamente protegido pelo salva-vidas, quentinho e de roupas secas, me sentia no melhor lugar do mundo, não poderia estar mais confortável; cochilei... Dormi.
Não sei quanto tempo durou este sono reparador, acordei com o alarme da sonda... Achei que estava delirando, levantei e fui olhar, iluminei com a lanterna e vi 2,30m... 2,00m...
Abri a gaiúta e olhei para fora, a praia estava logo ali... Olhei para o outro lado, ondas arrebentando sobre mim, não tinha mais retorno. Foi o tempo de pegar a carteira, o celular, e num último gesto ligar para Lenir para avisar que teria de abandonar o barco... não tinha palavras para me desculpar pelo meu fracasso; pulei do barco. Com a arrebentação o barco foi inundado, e não me sobrou mais nada seco.
Fui acolhido na praia por pessoas de um quiosque que ainda estava aberto e que viram o barco se aproximar na arrebentação; me ofereceram café, comida e um banho quente, e depois roupas secas.
Não faço idéia da força da tempestade que me pegou, nem da velocidade de seus ventos, mas sei onde estava quando ela me alcançou entre 20:30h e 21:00h, a meio caminho entre o través de Itanhaém e a Ilha do Guaraú... E onde ela me jogou, na praia do Cibratel I, a 50m dos rochedos, às 21:30h, o que me leva a deduzir que fui arrastado numa deriva, sem velas e  arrastando a ancora, de aproximadamente uns 12 ou 13 nós.
Saldo final: Brandal de bombordo arrancado, por conta de uma anilha que se rompeu, mastro torto, biruta e windex desaparecidos, uma pequena trinca no casco, na junção com a quilha na extremidade de popa, e todo o interior encharcado.
Na tarde do dia seguinte, depois da tentativa frustrada de rebocar o barco para o mar por um pesqueiro de 30T, com a ajuda dos bombeiros, que tiveram de cortar o cabo antes que fizesse um estrago maior, depois também de já ter conversado novamente com minha mulher por telefone, tranqüilizando-a quanto ao meu estado físico, sentei numa pedra e chorei ao contemplar a cena. Sentia-me um lixo ao ver o tamanho do rombo que tinha feito em nossos sonhos, por conta de atitudes que em um átimo passam de reles descuido inocente a desastrosa incompetência. Obviamente já fiz um Mea Culpa, repassando as medidas que deveria ter tomado previamente e não fiz, dos procedimentos que deveria ter adotado lá no mar, etc... Mas lembro de momentos em que tive raiva de mim mesmo, enquanto chorava por dentro, por fora ria do “Capitão encalhado”... Maneira mais humilhante de se naufragar (se é que pode haver uma). É claro que se fosse jogado nas pedras, provavelmente teria sido muito mais trágico, mas naquele momento me parecia menos humilhante.
Hoje o barco já está a salvo, graças a um resgate que foi uma verdadeira operação de guerra, não mais em solitário, pois pude aí contar com a presença e o inestimável apoio moral de minha amada ao meu lado, juntamente com especialíssimos amigos que conheci justamente ali, no meu quase naufrágio (outra hora eu conto essa também); está em Antonina-PR, apoitado no CNA, gastei quase um ano em sua recuperação, trabalhando somente nos finais de semana, mas já voltou para a água, onde é seu lugar.
Meu amor pelo mar continua o mesmo, mas o respeito agora é muito maior, e minha experiência, com certeza também.
Mas, para terminar, não poderia deixar de mencionar que naquela hora em que eu estava me remoendo, repassando as lições aprendidas, principalmente a de humildade, enquanto vestia a carapuça de capitão encalhado, me lembrei do meu grande amigo e mentor Magalhães, comodoro do Iate Clube Tamoios, de Ubatuba, que do alto de sua sabedoria e experiência dissera-me dias antes: “Lá fora, quando o bicho pegar, sua carta de capitão não vai fazer nada por você”...
Valeu Maga, por mais essa; você estava certo, como sempre; lições aprendidas e devidamente catalogadas, vamos em frente... Sei que ainda riremos bastante disso, mas... Vira essa boca pra lá, meu!!!

No ano que se seguiu ao acidente, durante a restauração do barco decidimos rebatizá-lo com o nome Avatar. O barco continua o mesmo, apenas a forma como o vemos e sentimos é que mudou, agora muito mais íntima. Tomamos o encalhe como ritual de naufrágio do antigo nome, e procedemos ao ritual de batismo com o novo nome durante o relançamento, com direito a champanhe e tudo.
Eu e Lenir, minha mulher, com quem compartilho meus sonhos e anseios na vida, temos uma sintonia tão fina a ponto de juntos sermos um só, e é assim que nos tornamos a alma dessa embarcação. Ao subir a bordo, emprestamos ao veleiro nossa vida, e ele torna-se literalmente nosso avatar. Juntos os três, nos tornamos um grande ser mítico: um casal que anda sobre as águas.
Hoje dividimos nosso tempo livre entre a construção do Indomável e a manutenção do Avatar, no qual sempre tem alguma coisa a fazer; para não haver ciúmes, alterno meus finais de semana entre um e outro... Quando o Indomável for para a água, sei que terei uma dolorosa decisão a tomar... Mas, como disse o grande mestre, a cada dia seu mal.
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