tag:blogger.com,1999:blog-9087432609211240662024-03-21T18:05:47.875-03:00Indomável - o sonho feito à mãoEsta página pretende incentivar todos aqueles que têm um sonho, seja ele qual for.
"Todo homem carrega em si tudo o que há no universo, tanto no aspecto de criatura, como no aspecto de criador".
Inspirado neste princípio, mergulhei no desafio de conceber, projetar e construir, com as próprias mãos, um veleiro de aço capaz de dar a volta ao mundo. O "impossível" é apenas algo que ainda não foi tentado da forma certa; portanto, mãos à obra!Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-9761674974233997622012-10-06T10:05:00.001-03:002012-10-06T10:05:56.998-03:00Homem constrói barco para atravessar oceano<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/uxtAgBdJdj0?fs=1" width="459"></iframe><br />
Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-80254151797741591402012-02-10T13:35:00.000-02:002012-02-10T13:35:56.720-02:00A aventura que quase virou tragédia<div style="text-align: left;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Apesar de não dizer respeito ao Indomável diretamente, esta história justifica minha ausência no ano que passou...</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Tudo começou quando resolvemos comprar um veleirinho com o qual pudéssemos participar das poucas regatas promovidas pelo pessoal aqui do Paraná, o que nos propiciaria algumas pausas na construção, ao mesmo tempo em que eu aprimoraria meus conhecimentos de navegação e a Almiranta aumentaria sua intimidade com o Mar, preparando-nos assim para quando o Indomável for para a água.</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nossa busca culminou na compra do Equetos, um Brasília 25, cujo traslado desde Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, rendeu-me a maior aventura que eu jamais imaginara viver...</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Este fato, que aconteceu há um ano, marca o fim da história do Equetos e a origem do Avatar. Não publicarei este relato no próprio site do Avatar em sinal de respeito ao meu amigão, que soube perdoar minha inexperiência de navegante. Enfrentando sozinho a encrenca em que o meti, envolveu-me em seu abraço seguro e me entregou são e salvo à terra firme; devo minha sobrevivência a esse valente barquinho, e disso jamais me olvidarei.<o:p></o:p></span></b></div><div style="text-align: left;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18pt; line-height: 115%;">A aventura que quase virou tragédia<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: left;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No dia 08/01/2011 fiz minha estréia como velejador solitário, fazendo o traslado de nosso, à época, recém adquirido veleiro desde Ubatuba-SP até Antonina-PR.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU6mZ_eKhXxuLTvdiRWzV3uJW6ihPEciqPbSTF9adzI-0UYc2cw9C_jtZHxtTnb9vhCmJeqQVr3fBy0UOgs72Log7bsGczI85-sLGQ3qsvCJLEoCzsaXHyBdueCM6kEnNm14QJpVRB7iw/s1600/Equetos.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU6mZ_eKhXxuLTvdiRWzV3uJW6ihPEciqPbSTF9adzI-0UYc2cw9C_jtZHxtTnb9vhCmJeqQVr3fBy0UOgs72Log7bsGczI85-sLGQ3qsvCJLEoCzsaXHyBdueCM6kEnNm14QJpVRB7iw/s320/Equetos.png" width="243" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A título de esclarecimento, e para que se entenda certos acontecimentos que virão, cabe aqui registrar alguns detalhes do barco e da viagem programada.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Barco: Veleiro Brasília 25, Deslocamento de 2T, equipado com motor de popa 4tempos de 7,5HP e com motor reserva de 2 tempos 4HP, utilizado também no bote de apoio. Possui 3 baterias de 60AH, mas como não tem carregador, irá viajar sem piloto automático, para poupar energia. Homologado pela marinha para Mar Aberto, navegação costeira, tem salvatagem completa classe II.</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O plano original era Ir até Santos em solitário, onde deixaria o barco hospedado por alguns dias até formar tripulação para a segunda parte da viagem, um pouco mais complexa; ao longo do trajeto, no entanto, influenciado pelo bom tempo, pelo desempenho do barco e pelo espírito de aventura que de mim se apossou, mudei de idéia e resolvi completar todo o percurso em solitário. O apoio em terra ficaria por conta de minha mulher, Lenir, encarregada de me ligar sistematicamente de manhã e à tarde, monitorando minha posição para o caso de uma emergência e me passando informações importantes, como a previsão do tempo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheOEcIvtjJGc7UptaZ3tAb7-afkSjAy7a0jwyM5Jju2n8PKymQGAmQ3so32M6yMSdayaxBRMPyV4G7P-rWi3OoeS9t8IVNwTUb2x9YV9ujaQt_JbGPF8AfnHdMYhuePnhUCndcMyx84Cc/s1600/Saco+da+Ribeira%252C+Ubatuba+-+SP..png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheOEcIvtjJGc7UptaZ3tAb7-afkSjAy7a0jwyM5Jju2n8PKymQGAmQ3so32M6yMSdayaxBRMPyV4G7P-rWi3OoeS9t8IVNwTUb2x9YV9ujaQt_JbGPF8AfnHdMYhuePnhUCndcMyx84Cc/s320/Saco+da+Ribeira%252C+Ubatuba+-+SP..png" width="320" /></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vou pular a parte boa da viagem, desde a partida do Saco da Ribeira em Ubatuba (Onde tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o Fábio, que até então só conhecia virtualmente, através dos grupos náuticos da internet, ver parte do belo trabalho que ele realiza por lá, e ainda dar uma velejada com direito a uma aula gratuita de trimagem de balão. Impressionante como a internet pode enganar; quem só o conhece aqui pela net, jamais irá supor o grande cara, super anfitrião que ele é. Valeu, Fabião!!); e daí passando pela Ilha do Mar Virado, Ilha Bela, Toque-Toque, Montão de Trigo, Ilha da Moela, até a atracação no Iate Clube de Santos, de cujas belas instalações fiz muito bom uso, e onde fui muito bem recebido.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheWnrJ200q2vO6F6VGoYQ4GQZ8BdmXfmsEgDWolJWKO2WADSvYc9DSbNachBgOOrMkBFTr87IRnrcvRyZCmZRnTx8gPd5vMW2AaO5aWRf9fYPN7XZCAj1aXRb5PL0qhC8cdnOEaXPnJ6M/s1600/Fim+de+tarde+em+Ilha+Bela.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheWnrJ200q2vO6F6VGoYQ4GQZ8BdmXfmsEgDWolJWKO2WADSvYc9DSbNachBgOOrMkBFTr87IRnrcvRyZCmZRnTx8gPd5vMW2AaO5aWRf9fYPN7XZCAj1aXRb5PL0qhC8cdnOEaXPnJ6M/s320/Fim+de+tarde+em+Ilha+Bela.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dias ensolarados, chuva no final da tarde, pôr-do-sol cinematográfico, noites tranqüilas de sono, dormindo ancorado, embalado pelo balanço do mar, muitos peixes pelo caminho, água com infinitas nuances e tons entre o verde e o azul, etc... (outro dia eu conto).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vou direto à parte que considero importante compartilhar agora, na esperança de que o exemplo sirva de alguma forma para evitar que aqueles que venham a ler este relato passem pelo mesmo sufoco. Críticas à parte, e elas sempre vêm, as lições principais já na ocasião as tomei sozinho.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><strong>Dia 10/01, o dia que jamais sairá da minha memória.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Levantei-me às 6:30h como de costume, fiz meu café e saí para a rua para me abastecer de gasolina, água e gelo...Fui para a rua para não ter que esperar o horário do clube, onde tudo começa a funcionar somente às 8:00h.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tudo pronto, procurei pela previsão do tempo na portaria, onde fui instruído a buscar a informação na sala de radio, mas também só após as 8:00h... Resolvi então zarpar para ganhar tempo e pegar essa informação via rádio enquanto ainda estivesse no canal do porto. Manobrei, tomei o canal, fiz contato pelo rádio e pedi a previsão do tempo e ventos para o dia; o operador pediu para aguardar um momento e não tive mais contato... Silencio. Achei que ele simplesmente tinha me ignorado (posteriormente descobri que o rádio tinha dado mau contato). Olhei em volta, via nuvens de chuva lá no planalto... No mar, céu de brigadeiro. Decidi partir assim mesmo; na noite anterior, por telefone, minha mulher já me havia informado que a previsão era de chuva no final da tarde (Como em todos os dias anteriores foi exatamente isso o que ocorreu, não me preocupei, até porque minha previsão era estar no Guaraú até as 18:00h).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Às 9:00h estava saindo do canal de Santos, rumo verdadeiro 235 (Com a declinação e o desvio, dava 258 na agulha), direto para o Guaraú... 12:00h, través de Mongaguá... Já acostumado com a rotina amena, parecia ter 6 mãos... Como o vento era sempre de sul, quase zero, ia o tempo todo no motor; amarrava o leme e descia para a cabine, preparava suco, fotografava e pilotava, tudo ao mesmo tempo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Às 15:00h peguei chuva no través de Itanhaém... Aí começou a aventura. O vento cresceu e o mar encrespou; ao cavalgar as ondas o motor afogava a cada enterrada, até que em dado momento parou (imagino que deve ter entrado água na tomada de ar). Fiquei só com as velas. Como a velejada estava intensa, não podia me dedicar a tentar funcionar novamente o motor...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vento sul constante, rumo sudoeste, isso dava uma orça cerrada paralela à costa, com um pequeno abatimento; no bordo oposto o rendimento era muito negativo, o que me fez insistir no bordo paralelo à costa, me aproximando assim da orla (perigosamente, como pude perceber depois). Perto das 17:00h percebi que rumava diretamente para a barra do rio Itanhaém; tentei cambar mas o barco não obedeceu... Insisti de novo, arribei um pouco, enchi as velas para ganhar potência e tentei novamente cambar; o barco negou outra vez. Aí me apavorei, estava indo diretamente para a arrebentação (depois descobri com o pessoal do Iate Clube de Itanhaém que ali existe uma contra-corrente que arrasta as embarcações que se aproximam além de um determinado ponto, diretamente para a barra). Como o vento ainda era forte, quase sem tempo hábil, tentei uma manobra arriscada (até porque não tinha outra alternativa); rapidamente enrolei a genoa e arribei aproando para a praia, perigosamente próxima, e dei um jaibe... Aos poucos o barco foi virando, inverteu o rumo, e a vela grande inflou... Que alívio! Abri a genoa que deu potência ao barco e aproei para a Laje da Conceição. Dei as costas para a terra e jurei continuar assim enquanto pudesse. Minhas pernas tremiam e meu coração quase saia pela boca.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWAYHiNaoAZBgJiWW11yAN9XlJRxPtRkWjKqh0TfoHpdMhP2oB7tHBeXPcHiz3-fYx8wliqCAuhPDClOw56992UvOiCK9FfzCtb9dcO5tsFGPbMKyTUWfXRxVXXKEaVLdQvftPKLHNibc/s1600/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWAYHiNaoAZBgJiWW11yAN9XlJRxPtRkWjKqh0TfoHpdMhP2oB7tHBeXPcHiz3-fYx8wliqCAuhPDClOw56992UvOiCK9FfzCtb9dcO5tsFGPbMKyTUWfXRxVXXKEaVLdQvftPKLHNibc/s320/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+1.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Às 18:00h, com 3 horas de atraso consegui finalmente passar o través de Itanhaém, vento forte de través, roupa encharcada, frio, mas ganhando altura e avançando bastante ainda acreditava que chegaria no Guaraú ao anoitecer, mas já sabia que teria que atravessar o mau tempo que se aproximava vindo do continente. Falei deste temor à Lenir, quando ela me ligou. Estava preparado psicologicamente... Fisicamente era o que eu iria ver. Enrolei a genoa e fiquei com a grande rizada. Não pude colocar a roupa de tempo porque não conseguia largar o leme. O tempo fechou...</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O temporal me pegou por volta das 18:30h. Posicionado para receber o vento por bombordo, fui surpreendido por uma onda enorme vindo ao contrário, do continente para o mar aberto, alcançou o barco junto com o vento que inverteu a posição da vela com a força de um jaibe involuntário; pulei para o outro lado do cockpit para escorar o barco, mas o vento rondou imediatamente para o lado oposto... Voltei à posição original e comecei a tentar dominar a situação... No contravento direto a vela panejava violentamente; à medida que eu arribava, a vela enchia e o barco adernava a mais de 45 graus... Então eu orçava novamente até voltar a panejar... Foi assim até eu conseguir firmar um rumo entre os dois extremos, mas era uma faixa mínima, quase no fio da navalha.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8NW9z-NFps3hoB4oWsSehtbHOZuOtKJ-sTgpiQxjuMEhyn1UM2AW51lH-jR63USySoNJHVuiMb79ok8Qjdc0xKBdXenEvk_-186QJcgN38Wpg2re-jumFbsjiDVxhi_kovMPlAz3uPAg/s1600/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8NW9z-NFps3hoB4oWsSehtbHOZuOtKJ-sTgpiQxjuMEhyn1UM2AW51lH-jR63USySoNJHVuiMb79ok8Qjdc0xKBdXenEvk_-186QJcgN38Wpg2re-jumFbsjiDVxhi_kovMPlAz3uPAg/s320/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando consegui dominar o barco, em orça bem fechada, recebendo o vento por bombordo, as ondas também pegavam o barco pela bochecha de bombordo, o que tornava a velejada relativamente confortável; o casco subia e descia as ondas sem trancos, cortava uma ou outra mais diretamente de proa sem jogar muita água em cima de mim... Ainda tive um pouco de medo (na verdade muito medo), por conta dos raios que passavam acima da minha cabeça, e também ao lado, por todos os lados... A própria visão do inferno; nesse momento lembro de ter raciocinado: “Se um desses me pegar, nem vou saber o que aconteceu...”; então relaxei e o medo passou; era só eu fazer o meu trabalho e deixar a natureza fazer o dela; se fosse mesmo minha hora, haveria pouco que eu pudesse fazer a respeito. Olhei em volta e meu campo de visibilidade abrangia um circulo de aproximadamente uns 50 metros de raio, parecia cercado de um paredão cinzento, e apesar da relativa estabilidade conseguida, não tinha a menor idéia de para onde estava indo; a adrenalina fluia a mil. Foi aí que tive a brilhante idéia de olhar para a bússola...</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No inicio não entendi... Eu mantinha uma mareação constante, recebia o vento e as ondas sempre num mesmo ângulo, só movia o leme o suficiente para subir e descer as ondas sem sair da minha pequena faixa entre panejar a vela e adernar o barco e, no entanto, a bússola estava girando, como se estivesse louca... Demorou uns segundos até eu perceber que estava velejando um ciclone. Estranhamente eu não me apavorei, pensei comigo mesmo: “Quando meu rumo passar na minha frente eu pego o desvio”; não foi assim tão fácil, ainda dei duas voltas de 360 graus antes de conseguir criar coragem, mas então, quando a bússola marcou 258 eu puxei o leme e saí... Daí ela voltou 260, 270... Forcei novamente... 260 e ficou... Estava velejando em linha reta novamente. Nisso percebi os raios ficando cada vez mais distantes e enfim o alívio; consegui sair do redemoinho.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não sei quanto tempo durou o pesadelo, mas agora eu estava velejando um vento sul forte, genoa aberta, barco a toda velocidade rumo direto a Ilha do Guaraú, onde teria abrigo... Eu tiritava de frio, tinha verdadeiros espasmos, encharcado, congelando, e minha roupa de tempo sequinha, na embalagem dentro da cabine... Não podia largar o leme amarrado, pois naquelas condições de mar uma atravessada seria catastrófica. Estava entrando no segundo estágio da hipotermia, o que começou a afetar diretamente minhas decisões; lembro-me de ter ficado eufórico, me sentia o verdadeiro homem do mar, batizado pelo meu primeiro temporal em solitário (não tinha a menor idéia do que me aguardava)... No entanto já passava das 20:00h e eu estava apavorado com a idéia de anoitecer no mar, fundear no escuro em um lugar que eu não conhecia; amarrei uma lanterna no pulso e mantive o rumo direto com Guaraú na proa a 6 ou 7 milhas (meu erro quase fatal), mesmo vendo o paredão negro que se aproximava, este agora vindo do sul pelo oceano...</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr7orO0IPzXuuChbWUrrUVQUTQGe6i4XTAQbNLU4ncxENt_iTVyTBklCzza70dBeX2ZkfhxxQWfXOwTmcV2HzcC3SZoDHD7e33_rAaFh1PV_8aPV0CRBn6vcFLroIssNpXvwmRkd_iP6k/s1600/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+3.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr7orO0IPzXuuChbWUrrUVQUTQGe6i4XTAQbNLU4ncxENt_iTVyTBklCzza70dBeX2ZkfhxxQWfXOwTmcV2HzcC3SZoDHD7e33_rAaFh1PV_8aPV0CRBn6vcFLroIssNpXvwmRkd_iP6k/s320/Ilustra%25C3%25A7%25C3%25A3o+3.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">De repente parou tudo... Fiquei um tempo boiando, e comecei a me preparar para a pancada; enrolei a genoa, joguei tudo que estava solto para dentro do paiol de amarras e esperei... O temporal caiu sobre mim como uma saraivada, infinitamente mais forte do que o primeiro... Na hora temi por granizos (nem sei se isso acontece no mar, mas na hora me passou pela cabeça). Não demorou pra eu perceber que não dominaria o barco como na vez anterior, a grande apenas rizada ainda era pano demais, então corri a soltar a adriça, mas a vela só desceu até o meio... O vento fazia muita pressão inflando a vela e não deixando que ela descesse mais... Comecei a antever uma tragédia, imaginava o barco se partindo ao meio e afundando como um prego, e eu engatado a ele pelo cinto de segurança. A muito custo consegui amarrar o leme, não conseguia coordenar os movimentos, pois o barco pulava como um touro bravo; ondas vinham de todos os lados, minha mão esquerda agarrada a um cabo como uma tenaz me impedia de ser arremessado, enquanto a direita penosamente tentava dar nós na gambiarra que fiz em torno do leme, agravada ainda pela lanterna amarrada ao pulso, que só atrapalhava... Ainda tentei olhar o rumo, mas não enxergava nada, breu total, e ao tentar iluminar a bússola com a lanterna, só via o reflexo do facho e respingos... Mais uma vez não tinha a menor idéia de para onde ia. Amarrei o leme, joguei uma ancora pela popa (a essa altura não iria à proa nem por decreto), entrei na cabine e me fechei lá.</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tirei o cinto de segurança, despi toda a roupa molhada, me enxuguei e vesti roupas secas, coloquei um colete salva-vidas e comecei a me preparar para o pior; o barco jogava para todos os lados, tudo voava, o painel de instrumentos já tinha sido arrancado do lugar, era o caos... O interior da cabine parecia um cenário de demolição, lá fora eu ouvia o vento literalmente rugir (parecia com o som de motores de lanchas passando rente ao veleiro). Comecei a dar sinais de enjôo, então deitei na cama de proa para me recuperar...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nesta hora eu, exausto da luta com o primeiro temporal, já estava completamente fora da razão, pois ali deitado, me segurando com as duas mãos para não ser jogado para os lados, enquanto tudo voava dentro do barco destruindo as poucas coisas que ainda estavam no lugar, e lá fora o mundo desabava, eu ali, devidamente protegido pelo salva-vidas, quentinho e de roupas secas, me sentia no melhor lugar do mundo, não poderia estar mais confortável; cochilei... Dormi.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não sei quanto tempo durou este sono reparador, acordei com o alarme da sonda... Achei que estava delirando, levantei e fui olhar, iluminei com a lanterna e vi 2,30m... 2,00m...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Abri a gaiúta e olhei para fora, a praia estava logo ali... Olhei para o outro lado, ondas arrebentando sobre mim, não tinha mais retorno. Foi o tempo de pegar a carteira, o celular, e num último gesto ligar para Lenir para avisar que teria de abandonar o barco... não tinha palavras para me desculpar pelo meu fracasso; pulei do barco. Com a arrebentação o barco foi inundado, e não me sobrou mais nada seco.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fui acolhido na praia por pessoas de um quiosque que ainda estava aberto e que viram o barco se aproximar na arrebentação; me ofereceram café, comida e um banho quente, e depois roupas secas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6idZMZeXsl3h6FxNhbqpN2nhonaGU8qfa266RqerPhS4TX6wlQra0LMVZOBnVbZC0lY-L3AdOHcUxLCvbsMgJYSppLkS3ZXMLrd5tUMVQixkcJGEdc4WshxDemhuOBGGfRe4VSFIueTA/s1600/O+encalhe+no+Cibratel+II%252C+Itanha%25C3%25A9m+-+SP.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6idZMZeXsl3h6FxNhbqpN2nhonaGU8qfa266RqerPhS4TX6wlQra0LMVZOBnVbZC0lY-L3AdOHcUxLCvbsMgJYSppLkS3ZXMLrd5tUMVQixkcJGEdc4WshxDemhuOBGGfRe4VSFIueTA/s320/O+encalhe+no+Cibratel+II%252C+Itanha%25C3%25A9m+-+SP.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não faço idéia da força da tempestade que me pegou, nem da velocidade de seus ventos, mas sei onde estava quando ela me alcançou entre 20:30h e 21:00h, a meio caminho entre o través de Itanhaém e a Ilha do Guaraú... E onde ela me jogou, na praia do Cibratel I, a 50m dos rochedos, às 21:30h, o que me leva a deduzir que fui arrastado numa deriva, sem velas e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>arrastando a ancora, de aproximadamente uns 12 ou 13 nós.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Saldo final: Brandal de bombordo arrancado, por conta de uma anilha que se rompeu, mastro torto, biruta e windex desaparecidos, uma pequena trinca no casco, na junção com a quilha na extremidade de popa, e todo o interior encharcado.</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na tarde do dia seguinte, depois da tentativa frustrada de rebocar o barco para o mar por um pesqueiro de 30T, com a ajuda dos bombeiros, que tiveram de cortar o cabo antes que fizesse um estrago maior, depois também de já ter conversado novamente com minha mulher por telefone, tranqüilizando-a quanto ao meu estado físico, sentei numa pedra e chorei ao contemplar a cena. Sentia-me um lixo ao ver o tamanho do rombo que tinha feito em nossos sonhos, por conta de atitudes que em um átimo passam de reles descuido inocente a desastrosa incompetência. Obviamente já fiz um Mea Culpa, repassando as medidas que deveria ter tomado previamente e não fiz, dos procedimentos que deveria ter adotado lá no mar, etc... Mas lembro de momentos em que tive raiva de mim mesmo, enquanto chorava por dentro, por fora ria do “Capitão encalhado”... Maneira mais humilhante de se naufragar (se é que pode haver uma). É claro que se fosse jogado nas pedras, provavelmente teria sido muito mais trágico, mas naquele momento me parecia menos humilhante.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLPU5-BV0ovNBGOxnDUTHLI7G-OEpqJe0XjiHJ3EnFV4Y0IWkb1NQ-pwU_eP-tQM67zKfl4zVWBB3OkjDkHxjtYyaXIjQLXNJ1K724dwf72ZzgUKUTkB6L8Uxzs3UFCizaVqBx3unRyWw/s1600/Opera%25C3%25A7%25C3%25A3o+Resgate.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLPU5-BV0ovNBGOxnDUTHLI7G-OEpqJe0XjiHJ3EnFV4Y0IWkb1NQ-pwU_eP-tQM67zKfl4zVWBB3OkjDkHxjtYyaXIjQLXNJ1K724dwf72ZzgUKUTkB6L8Uxzs3UFCizaVqBx3unRyWw/s320/Opera%25C3%25A7%25C3%25A3o+Resgate.png" width="250" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Hoje o barco já está a salvo, graças a um resgate que foi uma verdadeira operação de guerra, não mais em solitário, pois pude aí contar com a presença e o inestimável apoio moral de minha amada ao meu lado, juntamente com especialíssimos amigos que conheci justamente ali, no meu quase naufrágio (outra hora eu conto essa também); está em Antonina-PR, apoitado no CNA, gastei quase um ano em sua recuperação, trabalhando somente nos finais de semana, mas já voltou para a água, onde é seu lugar.</span></w:wrap></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></w:wrap><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Meu amor pelo mar continua o mesmo, mas o respeito agora é muito maior, e minha experiência, com certeza também.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas, para terminar, não poderia deixar de mencionar que naquela hora em que eu estava me remoendo, repassando as lições aprendidas, principalmente a de humildade, enquanto vestia a carapuça de capitão encalhado, me lembrei do meu grande amigo e mentor Magalhães, comodoro do Iate Clube Tamoios, de Ubatuba, que do alto de sua sabedoria e experiência dissera-me dias antes: “Lá fora, quando o bicho pegar, sua carta de capitão não vai fazer nada por você”...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Valeu Maga, por mais essa; você estava certo, como sempre; lições aprendidas e devidamente catalogadas, vamos em frente... Sei que ainda riremos bastante disso, mas... Vira essa boca pra lá, meu!!!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">No ano que se seguiu ao acidente, durante a restauração do barco decidimos rebatizá-lo com o nome Avatar. O barco continua o mesmo, apenas a forma como o vemos e sentimos é que mudou, agora muito mais íntima. Tomamos o encalhe como ritual de naufrágio do antigo nome, e procedemos ao ritual de batismo com o novo nome durante o relançamento, com direito a champanhe e tudo.</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Eu e Lenir, minha mulher, com quem compartilho meus sonhos e anseios na vida, temos uma sintonia tão fina a ponto de juntos sermos um só, e é assim que nos tornamos a alma dessa embarcação. Ao subir a bordo, emprestamos ao veleiro nossa vida, e ele torna-se literalmente nosso avatar. Juntos os três, nos tornamos um grande ser mítico: um casal que anda sobre as águas.</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Hoje dividimos nosso tempo livre entre a construção do Indomável e a manutenção do Avatar, no qual sempre tem alguma coisa a fazer; para não haver ciúmes, alterno meus finais de semana entre um e outro... Quando o Indomável for para a água, sei que terei uma dolorosa decisão a tomar... Mas, como disse o grande mestre, a cada dia seu mal.</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Para continuar acompanhando as aventuras do Avatar, é só seguir o link:</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><a href="http://veleiroavatar.blogspot.com/">http://veleiroavatar.blogspot.com/</a></div><div style="text-align: left;"> </div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-57620194614602967062010-02-16T20:42:00.013-02:002010-02-16T21:52:33.346-02:00Primeiro teste do Indomavelzinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ke86zRgwKfnM_uSRrkocJZ9p3D9H37FwxdFfv4rVUL-bW9lFGsS7kbz4hVHTw8gOqXtqOPaH6ABaLDTpjHERNWI6bZy1CNYbSI7oPGl8QY1eyvUC9ANmqyJ5xAmfQVkdFsdH6JV2szE/s1600-h/2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 221px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438975803194608466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ke86zRgwKfnM_uSRrkocJZ9p3D9H37FwxdFfv4rVUL-bW9lFGsS7kbz4hVHTw8gOqXtqOPaH6ABaLDTpjHERNWI6bZy1CNYbSI7oPGl8QY1eyvUC9ANmqyJ5xAmfQVkdFsdH6JV2szE/s320/2.jpg" /></a><br /><div><div><div><div><div><div><div><div><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 283px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438975580865716482" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9mrAtzlraOa3xnL6cld2ZhgpF6e0xZl5FuWwJ-snJnZFb-BW-jx9-u8XaTu-vyiF5OC2QSNsvW0p78_pfpaqw1C3yy9MB3VKBWUj16XlmZ4oUWibvzYfrpkBYsaothmj0yAqsRJRxfgQ/s320/1.jpg" /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div>Suporte para a forquilha do remo feito com peça de alumínio usada em automação de portões.</div><div><br /></div><div></div><div></div><div>Fixação com parafusos e porcas tipo borboleta em inox; vedação com espuma de epdm usada em esquadrias de alumínio (funcionou bem; na viagem inaugural não entrou sequer uma gota de água). <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 394px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438976045947950322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_cKBxxKR8uKFa0z0jCeZt46o7JV3PnaCMdEA5pCVX08ce6IVkDc6tvuyjayOYesv020Hv10qWGa7Fy5qDr2FPb9LzMIbgmyPRJxMwaoephJWyamTaziOsMpSejCZqJVk-sZ1sdLuLSEY/s400/3.jpg" /></div><div> Os remos já instalados nos seus devidos lugares (Fixação ainda provisória).</div><div> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcbhxbCzzHJ7w2_UsZSOlhy2vuqSQLQiZzvnocoenZ7sPtGnmFOR7tr2yCenW7PQMqHwLwO59nFl453FI4CIRCbTBr_2YxCE_o_blyXrPa-ibsr-zdyjDCuLj3QiE2LuKJe9Bsd3ZU0rk/s1600-h/4.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 222px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438983524726427394" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcbhxbCzzHJ7w2_UsZSOlhy2vuqSQLQiZzvnocoenZ7sPtGnmFOR7tr2yCenW7PQMqHwLwO59nFl453FI4CIRCbTBr_2YxCE_o_blyXrPa-ibsr-zdyjDCuLj3QiE2LuKJe9Bsd3ZU0rk/s320/4.jpg" /></a> </div><div> </div><div>Oops, falha nossa!!</div><div>Era pra caber no porta-malas, mas construí o barco inteiro sem conferir a largura da porta... Agora terá que ir no rack mesmo.</div><div> </div><div> </div><div> </div><div><br /> </div><div><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 238px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438976885042823442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5pazGYHnpDVqkYRoCleBqfz-XEB49FS1YIglC7gK6oD6ESdpnrNIHJHu4ln3gQNZT9pk6Rb8oTZ4F1ee6fo041zsrzlxQdoLJS5ik1mxxvmIIR1Qst-dNv-bVthax5y99iGVthZt4wbk/s320/5.jpg" /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGGsCL5Ua8fZjU6L1sejgEupqLtpXRjQlRpAZo4FUFsl7bXkRO5R-zyQ0WdGf14pQZa1z5B-nLsZX_lQN-BCkwyLnaf1pYS4M_EhumFBvdQfjEKYcjcCgtSg0BsziU6-A2-DBCh5qCTg/s1600-h/7.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 228px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438977869733750738" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGGsCL5Ua8fZjU6L1sejgEupqLtpXRjQlRpAZo4FUFsl7bXkRO5R-zyQ0WdGf14pQZa1z5B-nLsZX_lQN-BCkwyLnaf1pYS4M_EhumFBvdQfjEKYcjcCgtSg0BsziU6-A2-DBCh5qCTg/s320/7.jpg" /></a><br /><br /><br />Testes de flutuabilidade; provou ser insubmergível... Leve e fácil de desvirar... e descobri também que dá para desvirar já ficando dentro do barco, depois é só esgotar a água com um balde; mesmo completamente inundado, permaneceu flutuando comigo dentro. <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 277px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438977602274826514" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9geJLPFwXuDkGC5eHwwIYEKecO9EZvUO88fKzzTYJ_HkFAFMhsbJX14o8U_mrCZFKe-pTGmVS6CDayduaWdZZNB1nnzgNPd-9uu8v4PF4ZR0TCI0yGTZiJoH0tD-oDpTy9MmkIe6K23A/s400/6.jpg" /></div><div><br /></div><div></div><div>Tralha toda embarcada, almiranta idem, é hora de zarpar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghF_a9SBh2dgDGlWT96fkuAZKN4n43j8Ec1zOZaznn3w3ESbVtqaOTg3Ko9SYZbXmlvpwz9fqkANIyO-p3dYSsEU4OXChUvRPSJcIvoI9tBMD5yyeSfrhYHOTiLiDwy-vSKheKWEv3hic/s1600-h/8.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 217px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438978110198973314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghF_a9SBh2dgDGlWT96fkuAZKN4n43j8Ec1zOZaznn3w3ESbVtqaOTg3Ko9SYZbXmlvpwz9fqkANIyO-p3dYSsEU4OXChUvRPSJcIvoI9tBMD5yyeSfrhYHOTiLiDwy-vSKheKWEv3hic/s320/8.jpg" /></a>; nosso destino, a ilha Catarina, pequena ilhota da baía de Paranaguá, no través da Ponta da Pita, em Antonina. Domingo ensolarado de carnaval, praia lotada, a aventura promete!<br />Distancia estimada, em linha reta, uma milha náutica (1.852m); profundidade no meio do canal, aproximadamente 6m; na volta pegaremos uma corrente de deriva contrária de 2 ou 3 nós, o que me renderá um trabalhinho extra nos remos... Cobaias prontas, devidamente paramentadas com salva-vidas, vamos lá...<br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438978361655788738" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJK63qBzWv_akpHD-j1d6QMQRhU9nnaSgG0BraVQMxhrntEX633bihtQFFlpw3ArqxtOuwqwSTUTWPcUeLYGkQASCOw401l4TKTg_3Aaz18VaJ-7xO2sO_IUrW_PaeC4CspfCmcZVQTQ/s400/9.jpg" /> Primeira aterragem do Indomavelzinho, esta pequenina porção de terra, de pouco menos de 2000 m2, submerge quase totalmente na maré alta. Vivemos aqui alguns momentos de pura magia; Ao final da tarde voltamos para o continente debaixo de chuva, enfrentando algum vento e ondas que serviram para o barquinho mostrar seu valor... revelou-se um casco marinheiro, cortando as ondas frontais sem bater, e protegendo-nos dos respingos mesmo de uma ou outra que nos pegavam de surpresa pela alheta.</div><div>Primeiro teste concluido, barco aprovado, vamos para o próximo... </div></div></div></div></div></div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-35522698729178830672009-12-08T11:45:00.005-02:002010-01-18T10:04:06.925-02:00Indomavelzinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFVyo-R35mBNrSk-ZhAHz_vQrBBaJOjNHiXn5xk4rw4NDthhqXaLrLjyVkESzO15WZv052zXSCu0FBGxyP8Z8D5F3fLDyJGhTiX6F9WdEhUmB845zBcrCZleVeW7lcHkUvE2nRz4quAg/s1600-h/HPIM5668+.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 254px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428042630595248322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFVyo-R35mBNrSk-ZhAHz_vQrBBaJOjNHiXn5xk4rw4NDthhqXaLrLjyVkESzO15WZv052zXSCu0FBGxyP8Z8D5F3fLDyJGhTiX6F9WdEhUmB845zBcrCZleVeW7lcHkUvE2nRz4quAg/s320/HPIM5668+.JPG" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibjR8NIjYVmKT-BdL_757ZO10QGEy-CYEN2Gh9ideey8krzxRsXTWWmp_hximRFImyLlrhIOD_1kkU_LzZuSRjqFCCLRq3SePgjMX0jwlzyewJPpTx-5nVzk1pfjQE-GAjvq5pobHdDOg/s1600-h/HPIM5665+.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 294px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428042306745027122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibjR8NIjYVmKT-BdL_757ZO10QGEy-CYEN2Gh9ideey8krzxRsXTWWmp_hximRFImyLlrhIOD_1kkU_LzZuSRjqFCCLRq3SePgjMX0jwlzyewJPpTx-5nVzk1pfjQE-GAjvq5pobHdDOg/s320/HPIM5665+.JPG" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnT_CdTMtxXj_fWr8ubEJkjHeA54_D4oKyzBtOgpw5TfgJIgt7C0SX2XyrvMnr2sx0d1a8X_E75aNeZWlW6YOXS5YmSWLh4SyEQhGuN-VoOFDaZaP2fah-ALr-uJun9tnpKrCyVeUsBqg/s1600-h/HPIM5663+.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 222px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428042015184734450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnT_CdTMtxXj_fWr8ubEJkjHeA54_D4oKyzBtOgpw5TfgJIgt7C0SX2XyrvMnr2sx0d1a8X_E75aNeZWlW6YOXS5YmSWLh4SyEQhGuN-VoOFDaZaP2fah-ALr-uJun9tnpKrCyVeUsBqg/s320/HPIM5663+.JPG" /></a><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDn_3rj2VWDPI5ih9X3PztPCR-tyUrJ-BCTjz8q-TJ5RkxXMPha9Lg8juk_zeSQ_W-2k_OZOxVheS5UtHKL3Df9f__a-wn70TWbMwNIivamx_eArPpqEChv9Io6D8_Rr64agHiSMzYFws/s1600-h/HPIM5647+.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 158px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428041722676343138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDn_3rj2VWDPI5ih9X3PztPCR-tyUrJ-BCTjz8q-TJ5RkxXMPha9Lg8juk_zeSQ_W-2k_OZOxVheS5UtHKL3Df9f__a-wn70TWbMwNIivamx_eArPpqEChv9Io6D8_Rr64agHiSMzYFws/s320/HPIM5647+.JPG" /></a><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><br /><div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428041130248990482" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizPnPB0MLS3yUbu6evbQNTpXP8EdSDImSrkC7OhCUdBXEPnkvgCrkr_jwXXU1FKOH0dDzhduVfzwFKLPIlqHNKyKkFGeRV1OrL9GUyQgmiXD7YsFah-neRzcN3v1Npfx7zBf22IDK9SV8/s320/HPIM5631+.JPG" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgeBSUXpc4XBmKZWO5JvOfMAN_uXEYyWJe6Jz6yY5NRxe7Fw_v50oKNjJXLeEb_JbqHjm331Tww9nolZ2kz7bzg5ZDhEqFNq_3qS1rJadvNt3WPvQkq-nvPWJt6F4xalUgP6Vms97e6c/s1600-h/Indomavelzinho19.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412878260331122962" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgeBSUXpc4XBmKZWO5JvOfMAN_uXEYyWJe6Jz6yY5NRxe7Fw_v50oKNjJXLeEb_JbqHjm331Tww9nolZ2kz7bzg5ZDhEqFNq_3qS1rJadvNt3WPvQkq-nvPWJt6F4xalUgP6Vms97e6c/s400/Indomavelzinho19.JPG" /></a> <span style="color:#000099;"><strong>Demos uma pequena pausa na construção do Indomável, para fazer o que será nosso bote de apoio, o Indomavelzinho. </strong></span></div><div><div><div><div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaQQGhOMamGOuoOO7msFOdGfWPOoiM3W-YOnTrlL1i3KpMHb2aUBF-Tp6fxKFucS3GipkEO1LBnGm6whfpgTkvG9OJlEzO27K9KfEhh0Pzw_O5HgSLptW-4-BHws8MedSSsR8g_MWEHY/s1600-h/Indomavelzinho5.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412876788375664738" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaQQGhOMamGOuoOO7msFOdGfWPOoiM3W-YOnTrlL1i3KpMHb2aUBF-Tp6fxKFucS3GipkEO1LBnGm6whfpgTkvG9OJlEzO27K9KfEhh0Pzw_O5HgSLptW-4-BHws8MedSSsR8g_MWEHY/s320/Indomavelzinho5.JPG" /></a><br /><span style="color:#000099;"><strong>Com 10 pés de comprimento, ele divide-se em duas partes, encaixando-se uma dentro da outra, facilitando assim o transporte e armazenamento, e imagino que PODERÁ ficar Estivado na targa. </strong></span></div><br /><div><strong><span style="color:#000099;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaQQGhOMamGOuoOO7msFOdGfWPOoiM3W-YOnTrlL1i3KpMHb2aUBF-Tp6fxKFucS3GipkEO1LBnGm6whfpgTkvG9OJlEzO27K9KfEhh0Pzw_O5HgSLptW-4-BHws8MedSSsR8g_MWEHY/s1600-h/Indomavelzinho5.JPG"></a></span></strong></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNRx7ax7cBy0Mdi9JQNTPBPDuHBm_ls4OU8cCR1XWrzfNt40FWs6N8xF5ojR1b9-R2iDY7dOol2B9Ao6o4k-_0JcnpkhHLbfcmQM0Ons-fyAH_8UWoo6vafkjghMrGvghSa5MwiV6MITY/s1600-h/Indomavelzinho6.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 240px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412882039496328338" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNRx7ax7cBy0Mdi9JQNTPBPDuHBm_ls4OU8cCR1XWrzfNt40FWs6N8xF5ojR1b9-R2iDY7dOol2B9Ao6o4k-_0JcnpkhHLbfcmQM0Ons-fyAH_8UWoo6vafkjghMrGvghSa5MwiV6MITY/s320/Indomavelzinho6.JPG" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><strong><span style="color:#000099;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaQQGhOMamGOuoOO7msFOdGfWPOoiM3W-YOnTrlL1i3KpMHb2aUBF-Tp6fxKFucS3GipkEO1LBnGm6whfpgTkvG9OJlEzO27K9KfEhh0Pzw_O5HgSLptW-4-BHws8MedSSsR8g_MWEHY/s1600-h/Indomavelzinho5.JPG"></a></span></strong></div><br /><br /><div><strong><span style="color:#000099;"></span></strong></div><div><strong><span style="color:#000099;"></span></strong></div><span style="color:#000099;"><strong>Será equipado com remos, vela de Optimist e um motor de 2 cv a 3. </div></div></div><div><div>Enquanto o Indomável não fica pronto, ele será nosso brinquedo nas férias, e também está servindo de treinamento de marcenaria para os acabamentos do <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4CNjXaKf6oIPOGhWBYzYw2IW4glJyrRSQZnSM8Lez5m6kx9okOXOIIbDZXR0vzW6TgA8H-jsEOU0tnqyeGwtfFszwk4f1WJp2H1qV83TUqHftaJX19ZVlQUewntddAH8fzF0XPLEkOoE/s1600-h/Indomavelzinho12.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412877648820818578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4CNjXaKf6oIPOGhWBYzYw2IW4glJyrRSQZnSM8Lez5m6kx9okOXOIIbDZXR0vzW6TgA8H-jsEOU0tnqyeGwtfFszwk4f1WJp2H1qV83TUqHftaJX19ZVlQUewntddAH8fzF0XPLEkOoE/s320/Indomavelzinho12.JPG" /></a>interior do barco.</div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6sBP7r9jFGx3ZdimiXwfXdRLzT3GKSgYxdvqTcUUz91LxqwbZL9pzrC1V9J_C-XQ9qfay_GTaCNVp2fyPeSfpinQaCLayASnbu9Yes2Wkdqv5SVMNi2t8UHstvdsRQrZsld8qxV1qakY/s1600-h/Indomavelzinho13.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412877861357146562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6sBP7r9jFGx3ZdimiXwfXdRLzT3GKSgYxdvqTcUUz91LxqwbZL9pzrC1V9J_C-XQ9qfay_GTaCNVp2fyPeSfpinQaCLayASnbu9Yes2Wkdqv5SVMNi2t8UHstvdsRQrZsld8qxV1qakY/s320/Indomavelzinho13.JPG" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><br /><div></div><div></div></strong></span></div></div></div></div></div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-48562821529281717902009-08-05T14:45:00.008-03:002009-08-05T15:20:54.555-03:00Revista Perfil Náutico<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzW5hgvX9-kmJvxG3br13o-l5PLDOAT035GiJvZI0nJmp59N6_yvKPOwqZQhclsmGbuVvCWvM2_2umCXBDGUyCQyZZNJPiS1VJN-cjR7L8O2LXfqbLn50gdRZYkvs0dm8wt__sdt4yf2k/s1600-h/capa-revista-perfil-nautico19.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366537491956435106" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 153px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzW5hgvX9-kmJvxG3br13o-l5PLDOAT035GiJvZI0nJmp59N6_yvKPOwqZQhclsmGbuVvCWvM2_2umCXBDGUyCQyZZNJPiS1VJN-cjR7L8O2LXfqbLn50gdRZYkvs0dm8wt__sdt4yf2k/s200/capa-revista-perfil-nautico19.jpg" border="0" /></a> <span style="color:#006600;"><strong>Já está nas bancas a edição no. 19 da revista Perfil Náutico, onde estou estreando como colaborador.</strong><br /><br /><strong>No artigo deste mês, faço uma breve exposição das características desejáveis em um bom comandante, e de como aqueles que as desenvolvem acabam por tornarem-se bem sucedidos na vida como um todo. </strong><br /></span><br /><br /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366543460917988306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 270px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvxmfhSRCRR6mghI7DV0lwQRBY7OnqHZjw5lk-Ar0l3rTylvvmmls50QV18fJ_xs80nShbtF3yEnHDph4Vjt1JLG8Y5LkOjTGtXyIZsRIL_fkJiCmze047Vfiqk-PJLtX1-TFpW4GuiFE/s400/Pag-20-21.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366543780846213266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 293px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6PPq2DZHAFf_Y5FD3l3BXi5gqJXJPSwEePFGz40k2bHkGdilB_l6aWIcktL6ceLEpQQgvLxA7VJyx8j6oKfeFEXhjHTtAPho0iq7cgVAJjVOHHTdft_hvm5878DoKTmBTgpLlGmO72w/s400/Pag-22.jpg" border="0" /><br /><p><span style="font-size:130%;">O BOM COMANDANTE<br />E AS LIÇÕES DE VIDA QUE UM BARCO PODE PROPICIAR</span></p><p> Por Capitão Pedro Costa<br /></p><p><strong>O meio náutico sempre nos brinda com algumas dicas, por vezes simples, mas que quando aplicadas ao cotidiano, revelam-se valiosas lições, capazes de nos despertar para a possibilidade de uma vida muito mais plena.<br /></strong><br /> No espaço restrito de um barco, o convívio entre pessoas torna-se delicado. Problemas podem surgir como em qualquer lugar, mas a forma de encará-los muda completamente. Em caso de desentendimento não há para onde fugir da questão, é preciso encarar e resolver ali mesmo. Como em um barco não há espaço para se acumular nada além do estritamente necessário, essa atitude de desapego acaba influenciando nosso comportamento e a vida torna-se muito mais leve, livre de tolices e mal-entendidos.<br /> O homem é um ser essencialmente político e social. Suas carências distribuem-se em quatro grupos básicos: ter segurança, amar e ser amado, sentir-se importante, e experimentar variedade. O bom comandante sabe que destes grupos apenas o segundo está fora de seu controle (geralmente), e cuidará para que jamais seus liderados sintam-se em risco, dispensáveis ou entediados. Esta lição, uma vez absorvida e colocada em prática, fará do comandante um líder efetivo em qualquer situação, seja no mar ou em terra.<br /> Prever os imprevistos, checar tudo, conhecer o barco e as pessoas a bordo é imprescindível. Recomenda-se que, antes de zarpar, seja feito um “briefing”, mostrando aos que irão embarcar cada parte do barco, os equipamentos de salvatagem e seu funcionamento, bem como os procedimentos em caso de emergência. O bom comandante carrega consigo alguns princípios de conduta; conhece a sabedoria popular; sabe que “quem vai ao mar avia-se em terra” e que “o mar não admite impostores”. A humildade é sua principal característica; tem plena noção de que “nunca foi ele que conseguiu chegar, mas sim o mar que o deixou passar”.<br /> A linguagem náutica é outro importante recurso, muito útil na integração da tripulação, principalmente quando inclui crianças. Ensinar aos novatos o jargão náutico envolve-os ainda mais na magia inspirada pelo mar. Delegar tarefas os fará sentirem-se úteis e perceberem que no barco, como na vida, tudo está interligado e todos são interdependentes. O bom comandante sabe ser anfitrião, cortês e acessível sem mostrar-se permissivo; exerce a autoridade sem autoritarismo. Respeita os limites do barco, sabe que nem sempre cabe mais um. Organizado, mantém cada coisa em seu lugar. Consciente de que em navegação a hierarquia é fundamental, não convidará alguém sobre quem não tenha voz de comando. Ele prevê a alimentação e sabe também que é preciso atenção extra com pessoas mais sensíveis; limita as bagagens quando necessário; esclarece as regras antes de zarpar e, diga-se de passagem, demonstra inteligência ao programar antecipadamente a limpeza final do barco, após o passeio. Mantém a farmácia de bordo abastecida com remédio contra enjôo, xilocaína, hipoglós, pinça e, se possível, gelo. E bem a propósito, nunca é demais lembrar aquela conhecida crônica do Pedro Bial: “Use filtro solar”.<br /> E por falar em frases feitas, “se beber não dirija”, vale também para barcos. Apesar de parecer impossível desvincular aquele passeio de barco no domingo ensolarado da tradicional cervejinha gelada, nunca é demais lembrar que aqui, como em qualquer ocasião, vale o bom senso. Se bebeu, passe o comando para outro. Barcos não têm freios, e no mar, a pista está sempre molhada.<br /> Finalmente, o bom comandante não aceita rótulos nem participa de rixas como a propalada “velejadores X lancheiros”. Sabe que, seja qual for sua origem, o bom navegante ama e respeita o mar, conhece e pratica o seu código de ética<strong>.(ver box)<br /></strong> Esse paralelo entre pré-requisitos de um bom comandante e traços de personalidade que levam ao sucesso já é quase domínio público. Pessoas do meio náutico que alcançaram notoriedade, como Amyr Klink ou a Família Schürmann, são muito requisitados para palestras que abordem planejamento, estabelecimento de metas e gerenciamento de riscos; ou para eventos empresariais que visem aprimorar o desempenho e a integração de seus líderes. Existe até um filme institucional, com belas imagens produzidas a partir de uma regata de veleiros, onde se vê passo a passo o caminho rumo à vitória. O roteiro inclui fazer a escolha, começar construindo parceiros, envolver-se, amar o que se faz, colaborar, preparar-se, acreditar, liderar, trabalhar em equipe, fazer a sua parte, trabalhar com foco no resultado, escutar, orientar, confiar, ajudar, vencer as adversidades, inovar, ser competitivo, jamais desistir, em qualquer que seja o cenário contar sempre com o time e com a força da equipe, abusar da garra, da competência, do entusiasmo e da sinergia, ter fé, paixão, conquistar, vibrar, sonhar, acreditar e ir. E por fim arremata: “Vencer é divertido”.<br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">BOX:<br /></span><br /><strong>Código de Ética.<br />O Bom Comandante:</strong><br /><br /><span style="color:#33cc00;">Não faz marolas onde há barcos ancorados.<br />Auxilia quem está atracando.<br />Dá informações pelo rádio, mesmo não conhecendo o interlocutor.<br />Quando atracado à contra bordo, seu convés passa a ser o caminho do vizinho.<br />Dá sempre boas vindas a quem sobe a bordo.<br />Quando com o caíque, e próximo a outro barco, oferece carona até a praia.<br />Jamais polui a água.<br />Quando informa sobre um lugar conhecido, nunca esquece de indicar fontes de água doce e locais seguros para fundeio.<br />Saúda sempre os ocupantes dos outros barcos.<br />Ao socorrer alguém, ajuda também a rebocá-lo para local seguro.<br /> </span></p>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-81509776049715114662009-08-05T14:40:00.001-03:002009-08-05T14:43:42.387-03:00Nota publicada na página "Gente do Mar", da revista Náutica Sul 247 - março de 2009.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlWB5yPC6DMetVdkgBPXIwJKi_K6ylk4Ne0bIgIU6fuBCFsMc_N6pUgJvnukTA_ktZfhjER-lJIeZc03yZWmzbMVK6rV31V5bvbHtMflo6wNMOkxFCxKUhSrsJsdoPNhmMCkimZqdyLOA/s1600-h/Nautica+Sul+247.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366536519020969010" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 274px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlWB5yPC6DMetVdkgBPXIwJKi_K6ylk4Ne0bIgIU6fuBCFsMc_N6pUgJvnukTA_ktZfhjER-lJIeZc03yZWmzbMVK6rV31V5bvbHtMflo6wNMOkxFCxKUhSrsJsdoPNhmMCkimZqdyLOA/s400/Nautica+Sul+247.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-90695497467147643292008-11-19T18:37:00.004-02:002008-11-19T19:25:04.271-02:00ContatoAlgumas pessoas têm tido dificuldade para entrar em contato e tirar dúvidas; sendo assim, atendendo a pedidos aqui vão meus outros contatos:<br /><br />ORKUT - <a href="http://www.orkut.com.br/Main?uid=13590548398305895633">http://www.orkut.com.br/Main?uid=13590548398305895633</a><br /><br />E-MAIL - pedroluizcosta@hotmail.comPedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-67984798351053152652008-06-17T16:18:00.003-03:002008-06-17T16:56:56.641-03:00O Indomável congelado<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUrqNsLBGcQjeNQw9dZp3gwaiKb8_7G7IiKAx2H2zaj-Z-0NS7KnreSqr1C5IXt-ZrXi8qNOn1C3FNWPhtv5yi2W2wUEvlZ8ByyPrjBHoSZNe9Zq6tGxs2-FJhusUwEP2LyBer3lMzL4c/s1600-h/Geada+a.jpg"></a><br /><br /><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzBOYF69qdhu1Ri4O-X83gMciMuDOtO2vqbHUyqWdirfgWbOPEPoG5nIV_1EZkuj1IukFmzXQVzPIYwLH3WdXvmc8_7uDZRrLJOE_xpT0toy7UtfEUf4BejlTH6beXFlITbfyrTR0ov2c/s1600-h/Geada+b.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212932522524009522" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzBOYF69qdhu1Ri4O-X83gMciMuDOtO2vqbHUyqWdirfgWbOPEPoG5nIV_1EZkuj1IukFmzXQVzPIYwLH3WdXvmc8_7uDZRrLJOE_xpT0toy7UtfEUf4BejlTH6beXFlITbfyrTR0ov2c/s400/Geada+b.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:130%;">H</span>oje o Indomável amanheceu assim: branco. Deu pra ter uma idéia de como vai ficar o convés depois de pintado. Também deu pra imaginar como deve ser passear por latitudes mais inóspitas - senti os cristais de gelo estalando sob meus pés, com um pouco de medo de escorregar, e mais medo ainda de segurar no corrimão e ficar com a mão grudada...<br /><br /><div><span style="font-size:130%;">B</span>rincadeira... talvez um dia eu crie coragem para me aventurar pelo Estreito de Magalhães e quem sabe uma ou duas investidas pelos fiordes chilenos - aqueles que me inspiraram a ingressar nessa aventura - e aí, sim, conhecer um pouco mais de perto o vigor das forças da natureza; mas sempre com o devido respeito.</div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRb2yKrrWsuwTpRaMu61dGn01J9ZrGs6heek_I-Uiq8YIUtJCv7ihNITQGkJqzX2uCaVbFhZncd62XSayCQ3awzbR0ODrhmP7WXTw1cL39mbg1Z1QPswRm2OA6DAT9w2hLfPJKAK8ExbM/s1600-h/Geada+a.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212941600312824850" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRb2yKrrWsuwTpRaMu61dGn01J9ZrGs6heek_I-Uiq8YIUtJCv7ihNITQGkJqzX2uCaVbFhZncd62XSayCQ3awzbR0ODrhmP7WXTw1cL39mbg1Z1QPswRm2OA6DAT9w2hLfPJKAK8ExbM/s400/Geada+a.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><span style="font-size:130%;">S</span>e esse dia chegar, aproveito o teor de coragem dentro dos níveis necessários (leia-se: louco de pedra!), e me atrevo a também m<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqERCdt2ci2-Fli4DIui0XLGnBSPl0qlvAThZ1z1cBWh9y365Hx5AbBylu_jlQfv-ikalL-JMO-SD7Gfc-OhrgLma5ztX1Of0irgroHXFaZ3Da49fD_aK-GHnr-7Q0B_fVcVhFpT1rzbE/s1600-h/Geada+a.jpg"></a>ontar o temível Cabo Horn, contornando a Ilha de Hornos, ganhando assim o direito internacional de colocar uma argola de ouro na orelha esquerda, e o título inalienável de "homem do mar", que me distingüirá a partir de então, dos demais mortais.</div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;">E</span>nquanto isso, as fotos servem para me alimentar os devaneios, e também como prova material incontestável nas ocasiões em que eu digo que o clima de Curitiba não ajuda... <strong>"aqui é frio pra caraca!!!".</strong></div></div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-10323383723936956722008-04-18T15:18:00.004-03:002008-05-28T16:37:13.181-03:00Entrevista concedida à revista Náutica<div><div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVh9OAO0UOer-3UDCZgbfONwDLCmHvHTEJDXd6sAcYJR_dBLvqwCNSfoqc32f1cAAfSl2tNSyMXVaXH3YI0RcrDkOPJnynolYlQeUfWB3OiS67hvS_De012e4kArvxS46aJMZTqQ15BBM/s1600-h/237.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205505760787093106" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVh9OAO0UOer-3UDCZgbfONwDLCmHvHTEJDXd6sAcYJR_dBLvqwCNSfoqc32f1cAAfSl2tNSyMXVaXH3YI0RcrDkOPJnynolYlQeUfWB3OiS67hvS_De012e4kArvxS46aJMZTqQ15BBM/s320/237.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><span style="color:#006600;"><strong>Esta entrevista foi concedida ao editor Gilberto Ungaretti, via e-mail. Obviamente, eu acabei me excedendo um pouco, tendo em vista minha paixão pelo assunto; ele certamente teve algum trabalho para selecionar os pontos de maior interesse e adequar-se ao espaço disponível, como se pode ver na matéria publicada (foto ao lado)... aqui, no entanto, resolvi publicar a estória na íntegra para os amigos que estiverem com paciência para ler.</strong></span><br /><strong></strong><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>1) De onde tirou a idéia de construir um barco com as próprias mãos, e ainda por cima um veleiro de aço? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzsfnJKlWoxC6hWgLJKzi6e3tH3EsM4yB-oJZ_jmGptpVoICLZTHFNNdxrYFEkSzDpH2V8iE_i0RNjQoxPASUgexc-NNMamtsd9msqR2HpWK20wZ22NAlYEsCgXYrMfrbY23ckR3qbaJQ/s1600-h/Billings1.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205508251868124882" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzsfnJKlWoxC6hWgLJKzi6e3tH3EsM4yB-oJZ_jmGptpVoICLZTHFNNdxrYFEkSzDpH2V8iE_i0RNjQoxPASUgexc-NNMamtsd9msqR2HpWK20wZ22NAlYEsCgXYrMfrbY23ckR3qbaJQ/s320/Billings1.bmp" border="0" /></a><br /></strong></span>Essa é uma longa estória que tem seu início em uma pescaria às margens da represa Billings, há uns 15 anos. Sentado no barranco, enquanto alimento as tilápias, fico imaginando quão privilegiado seria eu se tivesse um barquinho que me levasse às ilhotas próximas - para mim ilhas mesmo, de verdade... Calculo que poderia contar nos dedos das mãos os felizardos que se podem dar esse luxo, e mesmo sem querer, comparo sua condição à dos pobres infelizes como eu, presos aqui do lado de fora; em meus devaneios, antevejo a magia contida no ato de pisar aquele solo, reservado a tão seleto grupo. O que eu mal suspeito é que nesse momento experimento apenas os primeiros sintomas de uma febre, que no decorrer do tempo só aumentará, e da qual jamais virei a me curar.<br />Nesse ponto a idéia de construir um barco não passa de um embrião... Sempre soube que barco é coisa de rico; nascido em família simples da periferia, só vi alguns poucos de perto, toquei em quase nenhum, e sequer imaginei estar a bordo de um deles. Os nomes, conheço de ouvir falar: saveiro, escuna, iole, iate... Não faço a menor idéia de como deva ser cada um desses até então completos estranhos, mas que em muito breve se tornarão quase uma obcessão em minha vida.<br />Como neste mundo nada é absoluto, bem e mal são apenas pontos de vista... Com a pobreza vem de brinde a capacidade de superar obstáculos. Desde muito cedo aprendi a fazer com as próprias mãos tudo o que eu necessitasse, mas que não pudesse comprar. Infeliz ou felizmente essa questão do dinheiro tornou-se um paradigma em minha vida, já que eu acabei desenvolvendo em mim essa capacidade de realizar meus desejos sem a necessidade dos recursos financeiros equivalentes. Passei a classificar as coisas como no máximo, relativamente difícil... Impossível é apenas algo que ainda não foi tentado da forma adequada.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJs96slpnp1fAVzfdcofxP5hB3CgM4kItJ1xbwv4qDTucxnxIX2ozHIXliubtaO2GQvrg8xVW_xFSCgcG-sR2LxQOdkLjwcaevZaQAJLBj6VLFmchrJvPVMRVSw_86_IutAspZi-s2v6A/s1600-h/Billings2.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205508277637928674" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJs96slpnp1fAVzfdcofxP5hB3CgM4kItJ1xbwv4qDTucxnxIX2ozHIXliubtaO2GQvrg8xVW_xFSCgcG-sR2LxQOdkLjwcaevZaQAJLBj6VLFmchrJvPVMRVSw_86_IutAspZi-s2v6A/s320/Billings2.bmp" border="0" /></a><br />À medida que a idéia do barco toma forma em minha mente, vou devorando tudo que encontro pelo caminho que trate do assunto; preciso aprender o nome de cada barco, o nome de cada parte desses barcos, o material de que é feita cada uma dessas partes, onde consigo cada um desses materiais. Minha sede de saber a respeito desse maravilhoso mundo é cada vez maior. Reviro bancas de revistas e sebos atrás de revistas e livros náuticos, começo a me familiarizar com termos, linhas e formas, leio relatos que ampliam meus horizontes, e tudo parece ter uma verdade subliminar embutida, um sinal vindo como que do além; a primeira revista náutica que leio, usada e meio antiga, fala do primeiro brasileiro a fazer a circunavegação em solitário, e de como ele construiu seu veleiro no quintal de casa; o primeiro livro que leio, igualmente usado, fala de um brasileiro que atravessou o Atlântico sul a remo... Foram meus primeiros ídolos do meio náutico... Mas, foram apenas os primeiros, de inúmeros que eu ainda viria a descobrir.<br />Nomes que eu nunca ouvira antes, passaram a me soar familiares tais como Slocum, Moitessier, Tabarly, Blake, Dumas, Bardiaux... Os nomes de brasileiros acho mais prudente não citar, a fim de não arranhar vaidades. No entanto, cabe aqui uma exceção: o único com quem cheguei posteriormente a me corresponder, e desenvolver o que me atrevo a chamar de amizade apesar de não o ter conhecido pessoalmente, por enquanto, o que não o impediu de me dar valiosos conselhos, e me repassar preciosas lições. Uma delas – talvez a mais cara – a de que todos esses meus ídolos são ou foram, na verdade, de carne e ossos como eu, e se eles têm algo de excepcional, talvez seja apenas sua vontade e determinação; assim, seja o que for que eles puderam, eu posso também, bastando para isso querer... Pela lição de humildade, meu respeito e gratidão a esse grande capitão que já está em sua segunda volta ao mundo com o veleiro Guardian, meu amigo, ou como ele prefere, “mano” João Sombra.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEislEV0ccsh15sqqXENcKrdsdSCF6mrvA9BkKhcvvPBQoVaAe2DeETqTXSG8Dyw8RoiJ-CqQ8EwwNlVtXhqX7wy1uWodagr88RpklNiJxBDBaYlqg6UghBklStPv-zoRVB-T7R3XNK-jOk/s1600-h/Sombra.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205514239052535650" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEislEV0ccsh15sqqXENcKrdsdSCF6mrvA9BkKhcvvPBQoVaAe2DeETqTXSG8Dyw8RoiJ-CqQ8EwwNlVtXhqX7wy1uWodagr88RpklNiJxBDBaYlqg6UghBklStPv-zoRVB-T7R3XNK-jOk/s320/Sombra.bmp" border="0" /></a><br />Após 10 anos, aprendendo tudo que podia, praticando minhas habilidades manuais em barcos menores já construí dois pequenos veleiros, o primeiro, experimental, feito com madeirit desses de construção civil, impregnado com resina e reforçado com fibra, me serviu para confirmar a funcionalidade dos meus desenhos; o segundo, aperfeiçoado, foi construído com lambris de madeira, desses usados em forro de teto; envernizado, ficou lindo! Pena que não fiz nenhuma foto dele que foi minha obra-prima.<br />Hoje as ilhas da Billings e Guarapiranga já foram devidamente exploradas, são passado... Até “furacão” de 50/60 nós eu já peguei na represa Jurumirim, em Avaré – SP, desses de estourar vela e arrancar mastro... Mas quanto mais a gente sobe, mais longe fica o horizonte... Não tem jeito, eu preciso avançar. As dezenas de livros que li, e as mais de 300 revistas que colecionei nesse tempo, mudaram as ilhas dos meus sonhos; hoje sonho com Trindade, Noronha, São Pedro... 3 Km de água doce não são mais uma travessia; hoje sonho em ver de perto os fiordes da costa chilena... Atravessar o Horn para poder colocar uma argola de ouro na orelha esquerda; o pequeno veleirinho de madeira não é mais desafio... Quero fazer um barco que mereça ser entregue em batismo à proteção de Poseidon... A bordo do qual eu possa oferecer um sacrifício pelo bordo certo para que não seja confundido com lixo, a fim de obter o consentimento de Netuno para passear por seu reino... Sob cujo mastro possa colocar uma moeda de 1 ore norueguês, simbolizando o valor dos ventos com que Éolo me há de brindar. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE4LdpoqG9LNXHF05mWcWnTP-AYwi7xc2fH0rojoYKnIhBkiomWhqRy1SII5PN9ZC7kxryDWQQnMtmcn-0D8_VNjNeap4rlOuUi081-o1kJiIsCkBn6WbSVTymO2zOXmJNMM1JPMq41tM/s1600-h/aladim+30.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205508243278190274" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE4LdpoqG9LNXHF05mWcWnTP-AYwi7xc2fH0rojoYKnIhBkiomWhqRy1SII5PN9ZC7kxryDWQQnMtmcn-0D8_VNjNeap4rlOuUi081-o1kJiIsCkBn6WbSVTymO2zOXmJNMM1JPMq41tM/s320/aladim+30.jpg" border="0" /></a><br />Eis a origem e a gênese do sonho. Daí saiu a idéia de construir com as próprias mãos o veleiro que tem sido a obra, e que será o palco da aventura de minha vida. Escorpiniano que sou, meu elemento é a terra... Nem mesmo entendo esse fascínio que a água exerce sobre mim... Sei que sou apaixonado e me entrego de corpo e alma a essa paixão... Mas sou também inteligente, cauteloso e exigente no que se refere à minha segurança, e faço questão que a aventura perdure, daí a necessidade de ser um barco sólido e seguro... Firme e forte como aço.<br />No início, a idéia era construir o barco em compensado naval, e revesti-lo com fibra de vidro e resina; na verdade, eu queria o método mais barato possível; ocorreu que na hora de fazer a planilha de custos, verifiquei que teria um gasto considerável com o revestimento, e resolvi calcular também em aço... E achei um custo só um pouco maior que o original (R$1000,00 para ser preciso); como nesse caso eu gastaria bem menos tempo na construção, e teria a possibilidade de dispensar a necessidade do barracão, acabou ficando mais barato... E de quebra eu teria praticamente um blindado para minha aventura. <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205511756561438498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZzYwWqO96X-aqIUd7GbAVa9IyFoUxLzwSIa94AyHSfjAh4yVaGX361S-3v0kikHiJMb7pANkQ-Q7XGXk0Y1nBP1Y9b91nL0pn6uRGJvT2cimjOgg5mw_OJhMMoShpod5US6b_0Otlv5s/s320/mc28.jpg" border="0" /><br />É claro que o fato de eu trabalhar como serralheiro há 25 anos e entender de cálculo estrutural ajuda, mas até nisso pode estar a mão do destino me dando um empurrão mesmo antes de eu imaginar o que me aguardava... Seja o que Deus quiser!<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>2) Qual é o tamanho do veleiro? Como é a sua divisão interna?</strong><br /></span>O barco tem 8,84m de comprimento (29 pés), 3,00m de boca máxima, 1,12m de calado, e pesará vazio 3.200 Kg. O Layout interno segue o padrão adotado pelos multichines desta faixa, projetados pelo já consagrado Cabinho, devidamente adaptado às medidas e prioridades por mim estabelecidas: <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205511756561438514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz3iyGmUqGdbUi-o_tXqPPzrUKgqSULxfe-rtSimV93UfYP3xWRHs2zhRL_ZFnsFn6a2bCsUdO5XFdd14LEDqY_tpXAFwuY2cB7SHFC7pFBV3eV-P5UPx2KScZzvoP6-dbBcio0cw9xO8/s320/mc28002.jpg" border="0" />cama de casal em “V” na proa, com reservatório de água doce para 300 litros; mesa rebatível no centro, com um sofá em cada lado, sendo o de boreste conversível em beliche de solteiro, e usado também como assento de trabalho da mesa de navegação anexa à antepara do banheiro; banheiro à meia-nau por boreste, com pé direito de 1,80m, permitindo um banho em pé, com água aquecida por um sistema ligado ao escapamento do motor, banheiro este comparável aos de barcos bem maiores, e com acesso ao compartimento de popa onde estará instalado o tanque de combustível de 120 litros, e um depósito de ferramentas e peças de manutenção; cozinha em “L” à meia-nau por bombordo, com fogão em suspensão cardan, com duas bocas e forno, geladeira, e pia abastecida com água doce e salgada; acesso pela cozinha à cabine de popa, com cama de casal e espaço para guardar roupas e objetos pessoais; banco de baterias de 300AH sob o piso do salão principal; motor de centro de 22HP sob a escada de acesso da cabine; cockpitt com dois paióis independentes, isolados entre si e do interior do barco, para guarda de velas e cabos, e instalação do botijão de gás; plataforma de popa com piso a 5cm da água, permitindo o embarque mesmo sem a escadinha de acesso estar abaixada.<br />Foi concebido para ser o menor barco que eu pudesse construir, mas que permitisse uma travessia oceânica com um casal a bordo, segura e confortavelmente.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>3) Quando começou a construção? Vai ficar pronto em quanto tempo? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9JXf9ZQIDtrrZmnlCFA1gBEx3FNrsyH0DjN5LtdT_F6vjU4p7_m5L4YjnyadikM9kmZXKhZ7UMJG8vfm0euh_-R5YscuA5-aQw34XEw0mcQOoiIxRgqSHvNWV6duxO7QtU-LmGSSfkCQ/s1600-h/2C-montagem.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205479926558807650" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9JXf9ZQIDtrrZmnlCFA1gBEx3FNrsyH0DjN5LtdT_F6vjU4p7_m5L4YjnyadikM9kmZXKhZ7UMJG8vfm0euh_-R5YscuA5-aQw34XEw0mcQOoiIxRgqSHvNWV6duxO7QtU-LmGSSfkCQ/s320/2C-montagem.JPG" border="0" /></a><br /></strong></span>Comecei a cortar a primeira peça no dia 21 de outubro de 2006; meu projeto prevê 500 horas trabalhadas só no casco (até o momento confirmadas); depois vem o acabamento interno, do qual não tenho uma estimativa precisa de tempo, mas que pretendo concluir, juntamente com a instalação dos demais equipamentos em aproximadamente um ano e meio após a pintura do casco. Cumprindo esse cronograma, minha expectativa é estar com ele na água até o final de 2009.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>4) Quanto custou?<br /></strong></span>Essa é a parte delicada do negócio... Até existem pessoas que me consideram louco por acharem que estou construindo um cofre de aço para me jogar com ele no mar (ainda mais depois que, no filme Titanic, o engenheiro que projetou o navio disparou a célebre frase: “é feito de ferro, e eu posso garantir que afunda”); para essas pessoas, os termos “câmara estanque” e “flutuabilidade positiva” não dizem absolutamente nada... Apenas meneiam a cabeça e saem de fininho, em silêncio e sem movimentos bruscos, como quem diz: “gente assim, é melhor não contrariar”. Mas quando converso com pessoas entendidas no assunto, e a conversa toca nesse ponto (custo), é que fico com a impressão de que os olhares inquietos estão à procura da camisa de força, e as mãos para trás escondem seringas com sedativos...<br />Todos sabemos que no Brasil, o mundo náutico ainda é em geral, coisa de elite. Trata-se de um universo nobre, cercado de glamour, reservado a poucos privilegiados e excepcionalmente, um ou outro teimoso/apaixonado. A maioria dos consumidores desse meio não sabe o que é comprar um carro usado, e sequer concebe a idéia de um brexó, onde algo que parece não ter mais serventia e seria naturalmente descartado, é avidamente disputado pelos menos abastados, que facilmente lhe farão os reparos necessários e o tornarão novamente útil, e para alguns, até mesmo um luxo. Nesse ambiente, falar em material de segunda mão, para algumas pessoas soa quase como blasfêmia.<br />Então, quando eu digo que consigo montar toda a mastreação e estaiamento de um 30 pés com R$5000, um jogo de velas com R$3000, um motor de centro a diesel com R$4500, eletrônicos com R$2500, parece mesmo que estou falando besteira... Afinal esses itens novos custam em média 4 vezes o valor que eu mencionei.<br />Some a isso os R$10.000 que me custou o casco de aço (obviamente sem a mão-de-obra), e verá que não é absurdo eu calcular que ponho-o na água com no máximo R$30.000. Aí vem alguns e dizem: “você é louco de colocar sua vida em cima de materiais usados”, no entanto eu não pareceria louco se comprasse um barco equivalente, com 20 anos ou mais de uso, pelo dobro desse valor. Essa é a minha conta: Quem não pode comprar um barco novo, compra um usado pela metade do preço... Eu, como não posso com nenhum dos dois, vou fabricar um usado, pela metade do seu preço.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>5) Qualquer um pode fazer? Se em vez de construir você comprasse um veleiro igual, já pronto, custaria quanto mais? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLgXhojDEyWiPev-fT2l4bSDxvJe1PbN-0Vro-4aTkkMc9JNOtDgeu2lMC1TaApBWS09rzqx1UqzpHTX8eIPq_LQGt2dXPh1xmPhP9WDTCNKpEJUZAP-D1EPBJskD5j-4avX8aphWNkY/s1600-h/8H-Chapeamento+do+convés.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205479905083971122" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLgXhojDEyWiPev-fT2l4bSDxvJe1PbN-0Vro-4aTkkMc9JNOtDgeu2lMC1TaApBWS09rzqx1UqzpHTX8eIPq_LQGt2dXPh1xmPhP9WDTCNKpEJUZAP-D1EPBJskD5j-4avX8aphWNkY/s320/8H-Chapeamento+do+conv%C3%A9s.JPG" border="0" /></a><br /></strong></span>Qualquer um pode fazer. Aliás, minha filosofia é a de que qualquer um pode qualquer coisa... Como dizia Raul Seixas: “basta ser sincero e desejar profundo”.<br />No início da minha pesquisa, quando ainda estava coletando informações, encontrei muito desestímulo; todo mundo dizia que se eu não posso comprar um barco, nem adianta querer construí-lo... Leia-se: “não é para o meu bico”. Como eu sou muito teimoso, e tenho dificuldade em acatar até mesmo algumas chamadas “leis naturais”, não seria uma regra ditada por não sei quem que teria o poder de me segurar.<br />E mais, como imagino que haja por aí muitos como eu, sonhando em um dia poder possuir um veleiro, e quem sabe, singrar os mares, decidi abrir o caminho, provar com fatos que essa regra está errada, e depois divulgar o resultado, incentivando o máximo de pessoas que queiram se aventurar a fazer o mesmo; daí surgiu a idéia de escrever um livro, do tipo “manual faça você mesmo”, no qual incluirei o projeto completo do barco, instruções detalhadas com fotos da montagem e as dicas de soluções alternativas que vou descobrindo ao longo da empreitada, à medida que os problemas vão se apresentando.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>6) Foi tudo pelo método “feito por mim mesmo” ou em algum momento você recebeu a ajuda de alguém? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRfoEr3flv5ia4q58qR7eyKmgtgFNnz50pQRPClmwAZBGQSN5NFo07_Xj2wPbSGhE6CvfJ21TQZMSkUZjhvMK1XsHlywfmoTLI6XyGf7c1SQumPMDR-qwy1zsfg6xJO5c6vD5pm2Y9nTc/s1600-h/8B-Chapeamento+do+convés.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205514247642470258" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRfoEr3flv5ia4q58qR7eyKmgtgFNnz50pQRPClmwAZBGQSN5NFo07_Xj2wPbSGhE6CvfJ21TQZMSkUZjhvMK1XsHlywfmoTLI6XyGf7c1SQumPMDR-qwy1zsfg6xJO5c6vD5pm2Y9nTc/s320/8B-Chapeamento+do+conv%C3%A9s.JPG" border="0" /></a><br /></strong></span>Até o momento, trabalhei sozinho; exceto pelo projeto, que é produto da evolução de desenhos disponíveis na internet, e pela ajuda teórica recebida em um ou outro fórum ou grupo de discussões. Existe um oceano de informação disponível a quem estiver disposto a procurar... Mas é preciso peneirar bastante, pois também tem muito lixo na rede.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>7) Qual foi a reação de seus vizinhos, ao ver um barco crescendo na calçada?</strong><br /></span>Teve todo tipo de reação; na maioria das vezes curiosidade. Quando ainda estava no cavername, as pessoas que passavam perguntavam se seria árvore de natal, luminoso de propaganda da Shell, carro alegórico; teve até quem pensasse que seria uma “estação tubo” de ônibus, dessas comuns aqui em Curitiba. Depois de revestido com chapa, mas ainda com a quilha para cima, várias pessoas me perguntavam se era um submarino – nesse caso devo reconhecer que parecia mesmo – ocasião em que eu respondia: “passou perto; ele vai para o mar, mas, se Deus quiser, não tão fundo!” <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-6hg28EjPVJrcty1PTGt9YwJG3Rg-gHuuQbLGGTipNoejsvCbLs_VXZlwi0VxkxKJsscmhW1JvkY5s6YzqtO9qEpTJowc18JURSzQw4d9hkhXCM4FUiDrwMB23e0dPyeDQxMzDbb5rbk/s1600-h/4C-Estrutura+montada.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205479917968873042" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-6hg28EjPVJrcty1PTGt9YwJG3Rg-gHuuQbLGGTipNoejsvCbLs_VXZlwi0VxkxKJsscmhW1JvkY5s6YzqtO9qEpTJowc18JURSzQw4d9hkhXCM4FUiDrwMB23e0dPyeDQxMzDbb5rbk/s320/4C-Estrutura+montada.JPG" border="0" /></a><br />Mas, o que mais me chamou a atenção, foi notar as pessoas se identificando com o sonho... Ou o que elas acreditavam ser o meu sonho. Parece que todos temos isso em comum, lá no fundo, bem no subconsciente: o sonho de liberdade; o desejo de um dia romper as amarras, de ultrapassar as fronteiras, de descobrir o que há depois da linha do horizonte. E o triste é perceber as pessoas se escravizando deliberadamente... Recusando-se a lutar em defesa de uma realidade melhor; conheci várias pessoas pela internet, e algumas pessoalmente, que nutrem esse sonho de construir um barco; pessoas que já compraram um projeto, outras que já adquiriram vários projetos, mas que nunca iniciam a construção... Tenho a impressão que elas inconscientemente se apegam ao sonho, e aí não conseguem deixá-lo; e para viver a realidade é preciso parar de sonhar. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSL7uSTjfRQx4vzB5Mpb3UGecOmTFU3Ra4dtG7S_Dh-b26aZxaCP2-gcF5ymddOFO-x6pDG7UxNki-IXSzj9Xi2vUc_IACv4n0ODtC9hUzX1lPa4zXxscT6zOFL4aZk0U-sCSqyM1MxHY/s1600-h/1000imagens+nois+dois.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205505769377027714" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSL7uSTjfRQx4vzB5Mpb3UGecOmTFU3Ra4dtG7S_Dh-b26aZxaCP2-gcF5ymddOFO-x6pDG7UxNki-IXSzj9Xi2vUc_IACv4n0ODtC9hUzX1lPa4zXxscT6zOFL4aZk0U-sCSqyM1MxHY/s320/1000imagens+nois+dois.jpg" border="0" /></a><br />Acabei concluindo que as pessoas mantém seus sonhos para poderem, de vez em quando fugir da realidade desse sistema ao qual se escravizaram. Quando param para conversar comigo, apreciar meu trabalho, naqueles poucos minutos elas viajam na imaginação... Depois, voltam a pôr os pés no chão e retornam à sua rotina. Ao se despedirem me dizem: “parabéns, continue firme com seu sonho”, sem perceber que estão dizendo isso a si mesmos, e não a mim.<br />Um dia eu tive um sonho... Mas no momento seguinte acordei. De lá para cá vivi a realidade da busca pela capacidade de um dia realizar esse sonho. Hoje vivo a realidade de soldar uma chapa de cada vez até colocar o barco na água... E está muito próximo o dia em que viverei a realidade de desbravar o mar em busca da minha próxima ilha. Não há mais o sonho; no lugar dele nasceu um novo projeto de vida.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>8) O momento da virada do casco costuma ser complicado, envolvendo guindaste, grua etc., com seus respectivos custos. Como você fez para vencer essa etapa, se virou sozinho também? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PHIX0hLcob8AoGu7ZpqAZNeQpT3H9jx5ijb1vevzbTrYw-AwmckHVJNpDxntWC6V0711kg4z4cVnsHkZ7kBvkEwuqodxW2lD8ItQimlMC3wpAkPld9ZsciJ4_VmFrvfr5FjQWZyKJ-s/s1600-h/5L4-Suspendendo2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205479892199069218" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PHIX0hLcob8AoGu7ZpqAZNeQpT3H9jx5ijb1vevzbTrYw-AwmckHVJNpDxntWC6V0711kg4z4cVnsHkZ7kBvkEwuqodxW2lD8ItQimlMC3wpAkPld9ZsciJ4_VmFrvfr5FjQWZyKJ-s/s320/5L4-Suspendendo2.JPG" border="0" /></a><br /></strong></span>Todos os relatos de construção amadora que li mencionam isso. A virada do casco é quase sempre uma ocasião especial, um evento à parte; implicam em um alto nível de stress de quem está construindo, tanto pelo esforço e custo envolvidos como pelo risco de algum dano ao casco, com a respectiva perda de todo um trabalho.<br />Como desde o início do projeto eu venho buscando a maneira mais barata possível de realizá-lo, essa foi uma ótima oportunidade para praticar. Imaginei uma estrutura em forma de cubo, com 3,50m de largura por 3,50m de comprimento e 3,50m de altura com o casco suspenso no meio. Nos cantos superiores instalei 4 roldanas por onde passei dois cabos de aço de 8mm, um pela proa e outro pela popa. Feito isso só precisaria fazer o barco girar em seu eixo imaginário. É claro que tive que calcular cuidadosamente o comprimento dos cabos, de modo que ao virar, o barco ficasse com a quilha na altura certa, pronto para apoiar-se nos cavaletes que seriam então sob ele colocados.<br />A idéia em si funcionou muito bem. Suspendi o casco usando o macaco do meu carro, calcei em pontos específicos com paralelepípedos, enquanto passava os cabos ao redor... E depois girei o conjunto de 1,6T com as mãos, exatamente como havia imaginado que o faria. O único senão foi que construí a estrutura de madeira, e dimensionei mal o material; resultado: com 75% da virada realizada, houve um estouro, e o barco arriou ali, na posição em que se encontrava. A tensão foi tanta, que teve viga que se partiu em três pontos diferentes. Tive muita sorte de não me machucar, e de não provocar nenhum dano ao casco... No projeto vou especificar vigas de aço para essa estrutura; definitivamente este não é um risco aceitável pela economia tão pequena que gerou.<br /><br /><strong><span style="color:#3333ff;">9) Qual o seu objetivo com o barco, quando ficar pronto? Vai dar uma volta ao mundo?</span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpKsLl0d-JSEJ8GIySnVHo5pBlLl4jz1v-jsQhOdWKrVD_Yci3qgMlu1We4rX-a0Z559VxINv2kPO5YyfRDV55WUWK7zMQgOuGtEY5-nP4rasEt3mMfNTjROWDuPSnIZ5XUJx3jbr0eGk/s1600-h/a+Rumo+Ã"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205505786556896946" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpKsLl0d-JSEJ8GIySnVHo5pBlLl4jz1v-jsQhOdWKrVD_Yci3qgMlu1We4rX-a0Z559VxINv2kPO5YyfRDV55WUWK7zMQgOuGtEY5-nP4rasEt3mMfNTjROWDuPSnIZ5XUJx3jbr0eGk/s320/a+Rumo+%C3%A0+Polin%C3%A9sia.bmp" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnYMDDtDiOYKwWCi9fXuX4dLG5WXTC4U9pCHTeVMSGE341QHmsjPACennpoWqGYI0Zz4XyviYoTYv2huhk6PwrRySyDt_uEsofO8lixIIHYWBoTFkMdnKaUtKBNxR9jTzH1OfdMBF4_OM/s1600-h/fialhoroco.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205508294817797874" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnYMDDtDiOYKwWCi9fXuX4dLG5WXTC4U9pCHTeVMSGE341QHmsjPACennpoWqGYI0Zz4XyviYoTYv2huhk6PwrRySyDt_uEsofO8lixIIHYWBoTFkMdnKaUtKBNxR9jTzH1OfdMBF4_OM/s320/fialhoroco.jpg" border="0" /></a><br /></strong>Como essa idéia do barco vem evoluindo comigo ao longo dos anos, o objetivo também tornou-se uma coisa muito dinâmica. No início eu pensava que queria alcançar a ilha, mas quando cheguei lá vi que tinha água do outro lado, e ilhas maiores e mais distantes; quando li numa dessas revistas, a reportagem com lindas fotos dos fiordes na costa chilena, onde não se chega de carro nem de avião, pensei comigo: “que mundo maravilhoso esse em que eu nasci; não é justo morrer sem o ter conhecido... Um pouquinho que seja”. Quando já tinha o esboço do barco na minha mente, fiz um acordo comigo mesmo, de não morrer antes de ter feito pelo menos uma travessia oceânica. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4GeDeBJ01FFxzbjsqXZO69mHanfiJjr39dgAkCFk73NP7xuKFfF2Wv5rEIOUgr74CgnxqN0ZUiDDRmd8qZPZC6FJUrG44k-qO7WbZLv6NTuHay5DOyLs6SaGyiLFX51pkBPXcFKEXhE/s1600-h/a+Gata.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205505777966962322" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4GeDeBJ01FFxzbjsqXZO69mHanfiJjr39dgAkCFk73NP7xuKFfF2Wv5rEIOUgr74CgnxqN0ZUiDDRmd8qZPZC6FJUrG44k-qO7WbZLv6NTuHay5DOyLs6SaGyiLFX51pkBPXcFKEXhE/s320/a+Gata.jpg" border="0" /></a><br />Hoje vivo com uma mulher que divide comigo esses anseios, e com quem pretendo viver a bordo do Indomável; credito à Lenir, minha companheira, a idéia cada vez mais presente de transformar essa vida a bordo numa viagem sem datas, possivelmente em uma volta ao mundo... Mas não temos compromisso com isso, pelo menos por enquanto.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>10) Você tem experiência em navegação? Fale-me sobre seu histórico de vida: profissão, idade, local de nascimento...<br /></strong></span>Nasci em São Paulo, em 02 de novembro de 1962, dia de finados; passei a vida comemorando meu aniversário enquanto ouvia as pessoas chorarem seus mortos... Talvez isso tenha feito com que eu precocemente aprendesse o valor da vida, desenvolvendo em mim um gosto especial pela aventura, e por viver intensamente cada instante como se fosse único – até porque é mesmo.<br />Comecei a trabalhar em serralheria ainda com meu pai, de quem herdei a habilidade de construir qualquer coisa. Aos 30 anos ouvi o chamado do mar e comecei minhas pesquisas particulares por assuntos náuticos; aos 40 tive um despertar da consciência, e passei a intensificar minha busca por verdades mais profundas da vida e do universo... O que tem me aproximado cada vez mais do mar, onde imagino que conseguirei finalmente me integrar à natureza de forma plena. <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205511752266471186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiie0SG_UUIOdONpsmihhS0_5rBUguzBxoWBH1j6_Ahi95zHHfv3s6S9IDoTIOvvyWyIjJggbjqW_O2emuCFAqxvzchlvbNFpCyEle-sE8mFvVcreCeBjXwGt7ejMRST79BK6WYrR2G6O4/s320/fiorde2.jpg" border="0" /><br />Minha experiência em navegação tem sido mais teórica que prática; estudei bastante tudo que diz respeito a barcos e ao mar; tirei habilitação de arrais amador, posteriormente mestre, e agora em abril estarei prestando exame para capitão.<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205511760856405826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3WXp4f8g17IDcIY4kNf9pWpxL1umMZYlb-XrAVCeicnUujxzqBoe6ubacu8K1LLV36XAR5I8wmG5VsqQlz3Cjr2iNBcAKEX1uypB5VZRqNaNkmwcfNloXKG-FCBUeUHhgdP2XSwU8je0/s320/Paranagu%C3%A1+P.JPG" border="0" /> Na prática, além da minha desastrosa estréia na vela, naufragando um pequeno veleiro em água doce, numa tempestade com força de furacão (para mim, na ocasião um principiante, pareceu), somo algumas velejadas com os barcos que construí nas represas paulistanas, e uns poucos passeios pela costa, em Porto Belo e Florianópolis, em Santa Catarina e Ilha do Mel, no Paraná. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6F9HlHOuNjuHRNzYzTtRozXvCmHSt-EToqF5ZX-GvtMNuZQwpZcLqgS_tnZQ6KJ79ASpzPoRvHGvORSoiIltkNy1e3rwqgt7He6ayuXNMIqCClCCCXx4S_22-IACSHwrqoyyGVK9Ry8A/s1600-h/fiorde.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205508316292634370" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6F9HlHOuNjuHRNzYzTtRozXvCmHSt-EToqF5ZX-GvtMNuZQwpZcLqgS_tnZQ6KJ79ASpzPoRvHGvORSoiIltkNy1e3rwqgt7He6ayuXNMIqCClCCCXx4S_22-IACSHwrqoyyGVK9Ry8A/s320/fiorde.jpg" border="0" /></a><br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>11) Em seu blog na internet, você se autodenomina um “saniássin”. O que vem a ser isso?</strong><br /></span>Você não vai encontrar uma definição precisa para este termo. Saniássin, conforme me refiro a mim mesmo, é um buscador insaciável das verdades superiores; Uma espécie de mestre de si mesmo, o saniássin é aquele que não aceita as verdades impostas, vive a própria experiência como caminho do conhecimento pleno. No contexto, quero dizer que não me submeto a esses paradigmas que regem a vida e as relações em geral; não reconheço termos como impossível, até que tenha comprovado pessoalmente.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>12) Você fotografou cada etapa da construção? (VOCÊ TEM ALGUMASS IMAGENS EM ALTA RESSOLUÇÃO PARA ME ENVIAR, por favor?) TAMBÉM PRECISO DE UMA FOTO SUA, AO LADO DO BARCO, COMO A QUE VI NO BLOG<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205511769446340434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCt1O878GyZk40gcsfoUE9_EZJu_iEKLwIEmWFC_ckWfJsA4kIH2Z9vBLqZ5YUp_Oj_bOydffvUUQd85tLzVs81EGGAWIaaY1B3-6PQ5idaIleN1GRIASvIiDvHcLfeGbDuBRKTjHs5U0/s320/Pedro+e+Lenir+3.JPG" border="0" /></strong></span><br /><span style="color:#3333ff;"></span>Em anexo.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>13) Em que estágio está? <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Q0efR0PMMy7jNfj2EK0-56tRMKV7dmhsPegHiJyH9eZ23XndPm3GaClaOdyhZn57SewkznufgThEzrWighozTvVDD4DuEu3HDqlD1eR__KOm6EQbS4RbG0xQ4W3Dak3A-39L_pneJ8Y/s1600-h/8T-Chapeamento+do+convés.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205479913673905730" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Q0efR0PMMy7jNfj2EK0-56tRMKV7dmhsPegHiJyH9eZ23XndPm3GaClaOdyhZn57SewkznufgThEzrWighozTvVDD4DuEu3HDqlD1eR__KOm6EQbS4RbG0xQ4W3Dak3A-39L_pneJ8Y/s320/8T-Chapeamento+do+conv%C3%A9s.JPG" border="0" /></a><br /></strong></span>Estou cobrindo o convés; na verdade o ritmo da obra diminuiu um pouco nos últimos meses, por conta de meus estudos para a prova de capitão; mês que vem retomo com gás total.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>14) Qual a sensação de ver o barco ganhar forma?<br /></strong></span>É uma sensação divina; você experimenta o ato de criar... De reproduzir parte da magia da vida... Ver um pensamento tomar forma e materializar-se. Através do barco, consegui mostrar na prática algo que tento ensinar aos meus filhos, e que já coloquei em um livro: a possibilidade de realizar um milagre por si só.<br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>15 ) De onde você tirou o nome dele, Indomável?</strong></span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib9gmuvgNqY10lb1J8Dx-YzIfDP5G1s0MkX0rc23VMdZId7Y2l8itn3R-wV0l8y69anMdSITjM-xOpHMb6Hd0Jm8W-8k-iM2evNxXsPAumjAQ9RErZ3VfEHchl99VwTNwo9L2TIt4dFKc/s1600-h/a+Porto+Belo2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205505782261929634" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib9gmuvgNqY10lb1J8Dx-YzIfDP5G1s0MkX0rc23VMdZId7Y2l8itn3R-wV0l8y69anMdSITjM-xOpHMb6Hd0Jm8W-8k-iM2evNxXsPAumjAQ9RErZ3VfEHchl99VwTNwo9L2TIt4dFKc/s320/a+Porto+Belo2.JPG" border="0" /></a><br /><span style="color:#3333ff;"></span>A própria estória que contei já mostra um pouco essa origem. Tive que ser muito teimoso para chegar até aqui; e suponho que o serei ainda mais a cada novo desafio. Como o barco surgiu de minhas idéias, creio que empresto muito de minha personalidade a ele... Desde o início buscava um nome que denotasse essa teimosia, e creio que não haja outro que melhor expresse esse espírito de aventura e liberdade. Indomável, é como me vejo, e é como imagino meu barco... Uma extensão de mim.</div></div></div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-10564136848816609002008-04-18T14:36:00.003-03:002008-04-18T15:16:47.200-03:00Matéria publicada no Jornal Capital da Notícia - Zona Leste, e no Blog Periódicas<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp92ujk1cUL1AEHdhX5tDNoNWBJLJ-vpOE51cr8h9K-RLvKDtCBd8lwz8E-QcI7WooVPwAdf3rwknTj-xmZcS-EMACGHxBB48oNLll_M2iL16tpL0VylA-YreVaA3ysXofdv5NmWfpy1Y/s1600-h/periodicas.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190646129456267426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 461px; CURSOR: hand; HEIGHT: 105px; TEXT-ALIGN: center" height="91" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp92ujk1cUL1AEHdhX5tDNoNWBJLJ-vpOE51cr8h9K-RLvKDtCBd8lwz8E-QcI7WooVPwAdf3rwknTj-xmZcS-EMACGHxBB48oNLll_M2iL16tpL0VylA-YreVaA3ysXofdv5NmWfpy1Y/s320/periodicas.bmp" width="373" border="0" /></a><br /><div align="center"><strong>Sexta-feira, 11 de Abril de 2008</strong><br /><a name="7701920904448481752"></a><a href="http://periodista-anna.blogspot.com/2008/04/artigo-encontrando-o-indomvel.html"><span style="font-size:130%;">ARTIGO: ENCONTRANDO O INDOMÁVEL</span></a> </div><div align="left"><br /> “Há rumores de que um cara está construindo um barco no Bairro Alto”.</div><div align="left"> O assunto já estava em pauta há, pelo menos, duas semanas. Ainda assim, em todo esse tempo, nenhum repórter do Zona Leste havia se deslocado para checar a informação. Alguns colegas de redação estavam, de fato, ocupados com coberturas mais emergenciais. Contudo, um outro contingente, aparentemente disponível, não demonstrou interesse pela pauta. Dessa maneira, a história do barco acabou por ficar na gaveta durante algum tempo – precisamente, desde o dia 25 de março.</div><div align="left"> Sexta-feira, 04 de abril de 2008, 19h22. Após constatar que a pauta, uma vez mais, não estava nos planos de cobertura da editoria para aquela edição do jornal (nº. 05), decidi conferir a veracidade dos boatos. A minha tarefa: encontrar, em meio à escuridão que já se impunha naquele começo de noite, o tal do morador que estaria construindo uma embarcação.</div><div align="left"> De imediato, não havia nomes, fontes e, tampouco, endereços precisos que pudessem servir como norteadores para a minha busca. A única informação era a de que o suposto barco estaria ‘ancorado’ em alguma rua próxima à agência do Banco do Brasil – nas imediações da estação-tubo China.</div><div align="left"> Os dados faltavam, mas a curiosidade, a essa altura, já era grande. Não havia outra opção, portanto, a não ser ‘embrenhar-me’ pelas estranhas do Bairro Alto para encontrar a história. Acionei, então, uma unidade móvel do ZL (leia-se: o carro da minha mãe) e fui em direção à rua José de Oliveira Franco – o endereço da agência bancária.</div><div align="left"> O próximo passo? Os botecos são sempre ótimas fontes de informação. A vida dos bairros é contada, diariamente, nas mesas dos bares. À primeira vista, nenhum barzinho. Na falta de um, resolvi adentrar em uma vídeo-locadora. Encontrei dois garotos.</div><div align="left"> - “Boa noite. Por acaso, vocês já ouviram falar de um cara que está construindo um barco aqui por perto”?</div><div align="left"> - “Barco?” – um deles indagou – “Ahhh, o Domador”!</div><div align="left"> Para a minha sorte, logo na primeira abordagem, já havia obtido a confirmação de que a história era verídica. O garoto, então, me repassou as coordenadas do local onde estaria o barco. Antes que eu partisse, no entanto, ele se corrigiu.</div><div align="left"> - “Ah, e não é Domador... O nome do barco é Indomável”.</div><div align="left"> Entrei no carro. Dei meia-volta. Atravessei a principal. Depois de uma quadra, virei à direita. E à direita novamente. Foi quando, em uma ruazinha mal iluminada, eu avistei o Indomável. De primeira impressão, um susto: tratava-se de um barco de ferro (ao contrário do que supunham as minhas expectativas em encontrar uma embarcação de madeira – no melhor estilo ‘a arca de Noé’).</div><div align="left"> Aliás, no trajeto da faculdade até a locadora, não conseguia imaginar nada além de uma arca construída por um seguidor inveterado das tábulas da Sagrada Lei (vide o filme ‘Todo Poderoso II’).</div><div align="left"> Sem parar de olhar para o barco, bati palmas em frente ao portão daquela casa da rua Adílio Ramos. Fui atendida por uma mulher tímida, que vestia um sobretudo preto. Era Lenir Siqueira. Falei que tinha interesse em saber sobre a construção do veleiro. E, em instantes, já estava à porta o idealizador da embarcação, Pedro Luiz Costa, serralheiro, 45 anos, marido de Lenir.</div><div align="left"> Fui convidada a entrar e a ouvir a incrível história de um homem que tem por grande desafio pessoal a construção de um barco, a próprio punho. Ao contrário do que eu pensava, não, ele não é movido por medo de um possível dilúvio. A verdadeira inspiração que move Pedro a construir uma embarcação de 29 pés, sob os olhares curiosos de todos os vizinhos, é uma só: ele quer viajar pelos sete mares.</div><div align="left"> Na última edição do Capital da Notícia Zona Leste, vocês, caros leitores, conheceram um pouco sobre a história do ‘barco do Bairro Alto’. Agora, cabe a vocês acompanharem, de perto – através dos rumores do bairro - o desfecho dessa história: Pedro conseguirá velejar mundo afora com seu Indomável?<br /><strong><span style="font-size:85%;">Postado por Anna Carolina Azevedo às</span></strong> <a title="permanent link" href="http://periodista-anna.blogspot.com/2008/04/artigo-encontrando-o-indomvel.html">18:47</a> </div><div align="center"><br /><strong>Sábado, 5 de Abril de 2008</strong><br /><a name="533703634865854895"></a><a href="http://periodista-anna.blogspot.com/2008/04/um-barco-aportado-no-jardim.html"><span style="font-size:130%;">UM BARCO APORTADO NO JARDIM</span></a> </div><div align="left"><br /><strong>Morador do Bairro Alto constrói à mão um veleiro para navegar pelos sete mares</strong><br /><br /> Pedro ainda era um garoto quando viu o mar pela primeira vez. Na praia de Itanhaém, litoral paulista, o menino de 7 anos estava sentado à beira-mar, maravilhado com a imensidão do oceano, quando avistou o Arquipélago de Alcatrazes. "Um dia eu vou ter um barco pra chegar até aquela ilha, lá longe". E, em meio ao entusiasmo da criança, surgiu aquele que seria o maior desejo de Pedro Luiz Costa.</div><div align="left"> Muito tempo depois, sentado à beira de uma represa, também em São Paulo, o mesmo Pedro, agora já mais velho, via que os ocupantes de uma embarcação tinham muito mais sorte na pesca do que ele. Foi quando percebeu que sua pescaria seria mais farta se estivesse, assim como os outros, dentro de um pesqueiro. "Por que eu não construo um barquinho desses"?</div><div align="left"> Há cerca de um ano e meio, na rua Adílio Ramos, à vista de todos os vizinhos, começou a ser erguida uma embarcação de 29 pés (8,84 metros de comprimento), construída com chapas de aço de três milímetros. Trata-se de Indomável, um veleiro oceânico que tem despertado a curiosidade dos moradores da região.<br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYs9MY7XdXexsFhZocr29GmLU5_wu6i81tqYZ6n4wZjOXvUQSLYrOdXnAsWyWy4XFrg2-c_IrdcmZuKHiu9tSQU0dzxC_Br8pF1f7QyzuTNYreCTw-bbU4_TMJBxATEDR40JN0T9QRcZIJ/s1600-h/indomável_bairroalto.jpg"></a><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190646915435282610" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig1o9jjOVg3bvWMHhRyNeDcyM10Pa1Rbe7HCoQ6DZKZO2_VH7sl2KB8FSn4eXBPTgMyfhZZh_MrgWuWq05jjuyYFi90SXUUxxzEp6kOTghFKI0DeJjUnY2zLAFsGFNwj69H19Qb62jql8/s400/indoma_bairroalto.jpg" border="0" /><strong><span style="font-size:85%;">Pedro e seu veleiro Indomável</span></strong> </div><div align="left"><br /> O serralheiro Pedro, 45 anos, conta que o projeto do seu Indomável nasceu da vontade de possuir um barco próprio, 15 anos atrás - durante a pescaria com os amigos. Sem condições financeiras, só havia uma saída para ver seu sonho concretizado: construir uma embarcação com as próprias mãos. Passou, então, a descobrir a engenharia náutica, através de revistas e livros especializados. Na internet, buscou projetos para veleiros e encontrou orientação específica em grupos de discussão de construtores amadores.</div><div align="left"> À medida em que foi adquirindo conhecimento, a idéia da construção do veleiro amadureceu. Em uma de suas consultas, Pedro encontrou o desenho de um veleiro projetado por um russo. O modelo desenvolvido estava disponível gratuitamente a quem quisesse colocá-lo em prática. A partir de março de 2006, com base no plano obtido, deu-se início ao desenvolvimento do projeto da sua embarcação ideal.</div><div align="left"> Foram horas de trabalho a fio, arquitetando o barco. Depois de seis meses, o desenho do Indomável estava pronto, com suas medidas finais ajustadas e definidas: o veleiro projetado terá peso de 4.200 quilos, três metros de 'boca máxima' (largura), e será propulsionado a velas e por um motor a diesel de 20 HPs. Após a conclusão dos cálculos, Pedro iniciou a montagem do protótipo. Numa escala de 1:10, a maquete, desenvolvida em lâminas de madeira, incluiu cada detalhe do barco: do casco à cabine interna com a cama de casal.</div><div align="left"> Hoje, Pedro utiliza-se, com perícia, de termos técnicos e demonstra, em suas conversas sobre navegação, o vasto conhecimento teórico obtido com as pesquisas. E o resultado prático de sua diligência está aportado no gramado em frente à sua casa. O imenso Indomável - nome que faz alusão à persistência de Pedro - cresce a cada fim de semana, sob os olhares atentos do construtor, de sua mulher, Lenir Siqueira, 40 anos, e de toda a vizinhança.</div><div align="left"> O veleiro está 'ancorado' na calçada da rua, do lado de fora do portão da casa de Pedro. E o medo de ser roubado? Ele responde de letra: "se levarem o Indomável, com certeza não vão conseguir passar despercebidos". Se, por um lado, o roubo é uma hipótese não cogitada, por outro, o vandalismo é fato presente. A embarcação já foi alvo, por duas ocasiões, de pichações na lataria. A mesma carcaça de aço é alvo, também, da ação da ferrugem e da corrosão. Mas, segundo o serralheiro, esses fatores externos já eram previstos e, por isso, não acrescentam valores extras à execução da empreitada.</div><div align="left"> De acordo com as planilhas de custo, o gasto total do projeto é estimado em R$ 30 mil - incluindo decoração de interiores e eletroeletrônicos. Para Pedro, uma economia e tanto. "Construir um barco, geralmente, é muito mais caro do que comprar um barco finalizado". De fato: a construção de um veleiro Multishine 28 (um dos mais populares) custaria entre R$ 220 e 250 mil reais; um modelo novo, idêntico ao barco, é vendido por 200 mil; já uma embarcação com 30 anos de uso não seria vendida por menos de 80 mil. A construção do Indomável, no entanto, deverá custar apenas 12% do valor de mercado da construção de uma embarcação similar. "Isso só prova que é possível montar um barco mesmo sem muito dinheiro".</div><div align="left"> Pedro espera que o seu veleiro esteja finalizado até o fim de 2009 - já com toda a estrutura de embarcação (casco, velas, mastros, motor e interiores). Após a finalização, o Indomável deverá passar por uma vistoria técnica, realizada pela Marinha do Brasil, que autorizará - ou não - sua circulação marítima (através de um certificado de arqueação). Só então Pedro, acompanhado da esposa, poderá concretizar a utopia que nasceu naquela praia de São Paulo. "Quero velejar atrás da liberdade. A casa será pequena, mas o meu quintal será o mundo".</div><div align="left"><br />Visite: <a href="http://www.indomavel-osonhofeitoamao.blogspot.com/">http://www.indomavel-osonhofeitoamao.blogspot.com/</a>.<br /><strong><span style="font-size:85%;">Postado por Anna Carolina Azevedo às</span></strong> <a title="permanent link" href="http://periodista-anna.blogspot.com/2008/04/um-barco-aportado-no-jardim.html">03:26</a></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-26583994501084548052008-03-18T10:12:00.003-03:002008-03-18T10:59:42.002-03:00Momento de tensão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw509YulepUZPRz0mQKhngKXogVh-D8mIg7ySj_RGpJk1ba3pwdx4sB7a5UmJZgPpu_KRqoSqTGxg_dOVjjwjaca1TZPADE1-A82vL9VcuKXQnIRwMYspJVrcOkkqHYfB2Q0TmWBmLVnc/s1600-h/Virada.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179080891381288386" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw509YulepUZPRz0mQKhngKXogVh-D8mIg7ySj_RGpJk1ba3pwdx4sB7a5UmJZgPpu_KRqoSqTGxg_dOVjjwjaca1TZPADE1-A82vL9VcuKXQnIRwMYspJVrcOkkqHYfB2Q0TmWBmLVnc/s320/Virada.JPG" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKhL33NSXfuFqDmYamcWlBd43AZWzEK-niKYbqXXGykfH5FS3sH7TtUZ8Al5N_4to-6HgY5fFNcBhnDLFBPmMQ9mU6JK4hl8qpzTIr-_cS0KMstIDpulbCNu4d-9EGyzb7e2gbEi7xkik/s1600-h/Virada.JPG"></a>Um ponto em comum que encontrei em todos os relatos de construtores amadores é o alto nível de "stress" associado ao momento da virada do casco. Esse é, geralmente, um evento à parte; convida-se os amigos, parentes, e até vizinhos curiosos para ajudar na operação - Por vezes complicada, envolvendo guindaste, grua, etc... com seus respectivos custos - que termina em um churrasco para comemorar a finalização de uma etapa; na maioria dos casos isso ocorre por volta de um ano do início da construção.<br /><br /><div>No meu caso, como eu estou desde o início da obra trabalhando em solitário, e atendendo também minha busca pelo método mais barato possível... acabei "bolando" um jeito de virar eu mesmo, e sozinho, o casco que pesava então aproximadamente 1,6T... não riam, porque não teve graça nenhuma!</div><br /><div>Conclusão: a idéia em si foi aprovada, mas a estrutura que aparece nas fotos desintegrou-se em mil pedaços quando o casco ainda estava a 3/4 da virada... subdimensionei a madeira utilizada, e tive que terminar o serviço usando cabos e roldanas para acabar de chegar o casco na posição e apoia-lo finalmente nos cavaletes (Creio que por algum bloqueio psicológico, não fiz nenhuma foto do vexame - Freud deve explicar). No livro vou especificar aço para a confecção da estrutura, por segurança, afinal é bem provável que nem todo mundo tenha a sorte que eu tive... e poderia facilmente ter acontecido um desastre.</div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-2623541085729003212008-03-14T11:02:00.001-03:002008-03-14T11:05:47.960-03:00A montagem<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ4werNaTYt8_POPsJL854OkdBzqf6uRlG2s7Giwxdt-kXGDUoUJAj7cKGV6khPfOvK6tuAR7ZldETP0SzRIEomXA0Yd64HKrgh3NENMrjEH8Z_x9UneTZIGXQws7wjLic3X_q2NKWE98/s1600-h/Montagem.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177598083987115346" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ4werNaTYt8_POPsJL854OkdBzqf6uRlG2s7Giwxdt-kXGDUoUJAj7cKGV6khPfOvK6tuAR7ZldETP0SzRIEomXA0Yd64HKrgh3NENMrjEH8Z_x9UneTZIGXQws7wjLic3X_q2NKWE98/s320/Montagem.JPG" border="0" /></a><br /><div></div>Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-908743260921124066.post-15884723579264960852008-03-13T11:41:00.002-03:002008-03-13T11:55:29.462-03:00A história do IndomávelEste blog servirá de ensaio para dois possíveis livros:<br />Um roteiro técnico, uma espécie de manual do tipo "faça você mesmo", que incluirá o projeto detalhado do barco, com fotos ilustrativas das diversas etapas da construção. Com ele pretendo quebrar alguns paradigmas tais como: "barco é coisa para ricos" e "se você não tem dinheiro para comprar um pronto, também não poderá construi-lo", além de abordar soluções alternativas mais baratas para diversas situações.<br />Um outro mais lúdico, contando a saga de se conceber um sonho, tido por muitos como irrealizável, e torna-lo em realidade, mostrando que para a vontade humana não existem limites intransponíveis. Para que um milagre aconteça, basta unir os dois ingredientes fundamentais, disponíveis a qualquer um que queira: Intenção e Imaginação.Pedro Costahttp://www.blogger.com/profile/18336216912177933522noreply@blogger.com7